Execução em aeroporto: PF atuará na extração de dados de celulares envolvidos no caso
2024-11-11
Autor: Mariana
A Polícia Federal (PF) está mobilizada para auxiliar na extração de dados de celulares apreendidos após a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ocorrida na última sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
De acordo com informações obtidas, a PF disponibilizou equipamentos sofisticados para extrair mensagens - inclusive as apagadas - e outros dados relevantes dos dispositivos, como informações de localização, que podem ser cruciais para elucidar o caso.
Além do celular de Gritzbach, também foram apreendidos os aparelhos dos quatro policiais militares contratados por ele para a segurança privada, apesar de o empresário ter recusado a proteção estatal oferecida pelo governo de São Paulo.
Para intensificar a investigação, a PF colocou à disposição das autoridades paulistas técnicos especializados em rastreamento de movimentações financeiras, o que pode ajudar a identificar possíveis vínculos do empresário com o crime organizado.
SP cria força-tarefa para investigar a execução de delator
É importante destacar que Gritzbach, de 38 anos, foi alvo de 10 tiros em plena luz do dia (por volta das 16h), ao sair da área de desembarque do Terminal 2, sendo atacado por dois homens que fugiram em um carro preto. As autoridades ainda não conseguiram localizar os suspeitos.
O empresário estava sob investigação por supostos vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e, em março, fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo. Gritzbach prometeu fornecer informações sobre esquemas do crime organizado, incluindo a participação de policiais corruptos.
Durante os depoimentos que fez na condição de delator, o empresário revelou que um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teria exigido suborno para não o implicar no assassinato de um membro do PCC, conhecido como Anselmo Santa, o Cara Preta. Além disso, suas informações levaram à prisão de dois policiais civis do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
As investigações ainda estão em andamento e novos desdobramentos podem surgir a qualquer momento. O caso levanta preocupações sobre a segurança e a corrupção dentro das forças policiais, além dos vínculos perigosos com organizações criminosas.