Xi Jinping Confirma Visita ao Brasil: O Que Esperar das Reuniões do G20?
2024-11-08
Autor: Julia
O presidente da China, Xi Jinping, embarcará em uma importante viagem ao Brasil e ao Peru na próxima semana, anunciando sua presença nas reuniões de líderes do G20 e no fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Segundo informações divulgadas pelo governo chinês, Xi estará em Lima de 13 a 17 de novembro e, em seguida, desembarcará no Rio de Janeiro para participar da cúpula do G20 entre os dias 17 e 21 de novembro.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, informou que no Peru, Xi participará da 31ª Reunião de Líderes Econômicos da Apec e realizará uma visita de Estado. Já em território brasileiro, seu foco principal será a cúpula que reunirá os líderes das maiores economias do mundo.
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com trocas comerciais que ultrapassam a marca de US$ 180 bilhões (mais de R$ 1 tri) em 2023. Itens como semicondutores, eletrônicos e produtos farmacêuticos têm sido os protagonistas das exportações brasileiras para o gigante asiático.
Desde que assumiu a presidência novamente em 2023, Luiz Inácio Lula da Silva busca equilibrar suas relações internacionais, tentando fortalecer os laços com a China enquanto busca estabelecer uma conexão mais robusta com os Estados Unidos. Essa estratégia de diplomacia poderia influenciar diretamente várias questões econômicas e políticas, tanto no cenário global quanto local.
Além disso, Tanto Brasil quanto China têm se posicionado como mediadores no complexo conflito da Ucrânia, demonstrando uma postura de não sancionar a Rússia e promovendo um diálogo. A visita recente do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, para discutir a adesão do Brasil à Iniciativa do Cinturão e Rota, um ambicioso projeto de infraestrutura da China, destaca a crescente influência chinesa na América Latina, com vários países da região já fazendo parte dessa iniciativa.
Com a presença de Xi no Brasil, o país poderá não apenas discutir temas crucialmente relacionados à economia global, mas também abordar questões ambientais e de desenvolvimento sustentável, que são cada vez mais relevantes nas agendas internacionais.