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Kremlin Adota Tom Cauteloso Sobre Vitória de Trump: O Que Isso Significa para a Guerra na Ucrânia?

2024-11-06

Autor: Maria

O governo russo, liderado por Vladimir Putin, expressou um tom de cautela e incerteza em relação à recente vitória de Donald Trump nas eleições americanas. As dúvidas são palpáveis em Moscou, especialmente em relação às verdadeiras intenções do republicano, que promete encerrar a Guerra da Ucrânia.

Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, destacou que "não devemos esquecer que estamos lidando com um país hostil, diretamente ou indiretamente, envolvido em uma guerra contra nosso estado". Ele também mencionou que os Estados Unidos poderiam, em teoria, contribuir para o fim do conflito, mas que mudanças significativas na política externa dos EUA não ocorreriam de forma imediata como sugere Trump. "Nós vamos ver como a situação se desenrola após a posse de Trump em janeiro".

Nos bastidores, alguns membros do Kremlin demonstram uma torcida contida por Trump, considerando que a administração de Joe Biden e Kamala Harris apostou fortemente em Kiev desde que a guerra começou em 2022. A previsibilidade dos democratas é vista como uma vantagem em um cenário marcado por ameaças nucleares.

Trump, que é frequentemente retratado como um admirador da abordagem de política externa de Putin, sugere um desejo por uma paz que exija concessões da Ucrânia, algo que o presidente Volodymyr Zelensky não considera aceitável. Contudo, as expectativas em relação a Putin permanecem incertas.

Enquanto isso, a violência no campo de batalha entre as forças russas e ucranianas tende a aumentar nos próximos meses, com ambos os lados buscando consolidar ganhos territoriais antes de qualquer negociação sob a administração Trump.

A Rússia intensificou suas operações, caracterizadas pela maior ofensiva desde o início da invasão, concentrando-se na conquista de áreas da região de Donetsk que ainda não estão sob seu controle. A pressão sobre a administração Biden, que busca evitar um confronto mais direto com Moscou, se intensifica à medida que o tempo avança.

Atualmente, as relações entre os EUA e a Rússia estão em um estado crítico, o pior desde o colapso da União Soviética em 1991. Peskov reconheceu que Trump fez "algumas declarações significativas" sobre a guerra na Ucrânia, mas enfatizou que a avaliação deve ser feita com base nas realidades futuras.

O analista político russo Konstantin Frolov observa que Moscou não tem grandes expectativas com a chegada de Trump. Segundo ele, "a única possibilidade de melhoria nas relações seria se Putin visse uma chance de se distanciar da China, mas não acredito que isso aconteça". Para Zelensky, a realidade pode ser ainda mais desafiadora, conforme a situação geopolítica se torna mais tensa.