Negócios

Mudanças no Novo Mercado: Qual o impacto nas empresas listadas? XP revela a lista imperdível!

2024-09-26

As novas exigências de governança corporativa da B3, a bolsa de valores brasileira, prometem causar um grande impacto em cerca de 50 empresas listadas. Essas alterações foram motivadas por uma consulta pública que visou coletar impressões do mercado sobre propostas de atualização da regulamentação do Novo Mercado.

Uma das principais sugestões da B3 é aumentar a quantidade de conselheiros independentes nos conselhos das empresas desse segmento, passando de 20% para 30%. Além disso, foi proposto um limite de dez anos para que um membro do conselho atue como conselheiro independente, visando fortalecer a independência e mitigar conflitos de interesse.

No recente relatório temático sobre ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) da XP, as analistas Marcella Ungaretti e Luiza Aguiar destacaram que essas mudanças são bem-vindas e devem fortalecer as práticas atuais. A corretora acredita que as novas medidas estão alinhadas com as melhores práticas globais de governança.

Para comparação, tanto a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) quanto a Nasdaq exigem que a maioria dos membros dos conselhos de administração das empresas listadas seja composta por conselheiros independentes. Já o mercado Prime da Bolsa de Valores de Tóquio exige que ao menos um terço dos conselheiros seja independente.

A reclassificação de um membro como não independente após mais de 10 anos de serviço é considerada uma forma eficaz de evitar conflitos de interesse e garantir uma supervisão adequada sobre a estratégia da empresa. "Conselheiros que ocupam posições por muito tempo podem desenvolver relações próximas com a liderança da companhia, o que pode comprometer a objetividade nas decisões", afirmam as analistas.

Com relação às empresas, a XP apontou que 51 das companhias que elencam em seu portfólio podem ser afetadas pelas mudanças do Novo Mercado, com 30 delas em risco elevado de não conformidade. Essas empresas precisarão fazer ajustes em sua composição de conselho se desejarem continuar listadas no segmento.

As empresas que atualmente têm menos de 30% de independência em seus conselhos estão particularmente vulneráveis. Apesar de parecer uma mudança pequena, os novos padrões podem provocar um verdadeiro "terremoto" no mercado.

No entanto, as analistas alertam que mesmo mudanças graduais na composição do conselho enfrentam desafios práticos, devido à necessidade de aprovações formais que podem ser lentas. Portanto, elas enfatizam que as empresas devem se antecipar a essas exigências, a fim de minimizar potenciais impactos em seus negócios.

Segundo a XP, as companhias que não adaptarem suas estruturas dentro do prazo estipulado estarão sujeitas a questionamentos cada vez maiores por parte dos investidores, o que pode afetar sua imagem e performance no mercado. Fique atento e saiba como essas transformações podem impactar seu investimento!