Mães, surdez e vitiligo: O que esperar do Miss Universo 2024?
2024-11-13
Autor: Matheus
Uma nova era se aproxima no Miss Universo 2024, prometendo diversidade e inclusão como nunca antes. A competição terá a participação de diversas candidatas de origens inusitadas, incluindo a Ava Vahneshan, uma artista persa que competirá pelo Irã nesta edição histórica. O concurso, que conta agora com representantes de países estreantes como Macau, Maldivas e Bielorrússia, alcançou um recorde de 127 participantes, resultado das mudanças administrativas que eliminaram os limites impostos anteriormente.
As mudanças foram impulsionadas pela nova gestão da competição sob a liderança de Anne Jakrajutatip, uma magnata tailandesa, e seu parceiro mexicano Raul Rocha Cantú. Com essa nova abordagem, qualquer mulher pode se inscrever, quebrando barreiras e permitindo que mães e mulheres casadas participem, o que é uma revolução para o concurso.
Neste ano, a presença das mães nas competições é marcante: saltaram de apenas duas representantes em 2023 para impressionantes 16 concorrentes, incluindo misses de países como Brasil, Venezuela e Porto Rico. Contudo, especialistas em beleza levantam questões sobre como será essa experiência para uma mãe que vencer o concurso. A missóloga Izabela Garcia Barros expressou preocupações sobre a viabilidade de uma mãe assumir o título, ressaltando que questões logísticas e emocionais ainda precisam ser debatidas.
Não podemos deixar de mencionar a presença de candidatas que desafiam os padrões tradicionais de beleza. A Miss África do Sul, Mia le Roux, é a primeira candidata surda a participar, enquanto Logina Salah, do Egito, não só é mãe como também tem vitiligo, quebrando estigmas e promovendo a aceitação da diversidade de beleza em todo o mundo. Este movimento é extremamente necessário, pois a moda e a beleza têm por muito tempo permanecido em um molde estreito.
Além disso, a inclusão das mães no Miss Universo evidencia um avanço positivo na luta pela igualdade de gênero. O concurso não apenas abre espaço para a diversidade, mas também oferece uma plataforma para as mulheres realizarem seus sonhos. As competidoras têm mostrado que o título de Miss pode ser incluído nas narrativas da maternidade e do empoderamento feminino.
O compromisso do Miss Universo em incluir candidatas de diferentes perfis fortalece a ideia de que a beleza é multifacetada. Enquanto a competição avança, as 127 participantes passarão por avaliações rigorosas em diversos quesitos para conquistar uma vaga no tão cobiçado Top 30.
O Brasil é apontado como um dos favoritos, e muitas torcem para que uma mãe conquiste a coroa. Para Zoraia Mustafé, uma aposentada fã de concursos, a inclusão de mães é uma grande conquista e ela torce especialmente por Luana, uma candidata que já demonstrou potencial para integrar o Top 5.
A expectativa está nas alturas, e este Miss Universo pode muito bem reescrever o que significa ser uma rainha da beleza na atualidade. Agora, mais do que nunca, a competição é um reflexo da sociedade que busca reconhecimento e celebração da diversidade.