Em uma coletiva de imprensa recente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou que a Rússia está se preparando para enviar soldados da Coreia do Norte para a linha de frente na Ucrânia. Blinken destacou que as tropas norte-coreanas estão sendo treinadas em artilharia e operações básicas de infantaria. Ele enfatizou que qualquer participação dos soldados norte-coreanos nas hostilidades contra a Ucrânia os tornará alvos legítimos de ataque.

Blinken também mencionou um encontro recente com autoridades norte-coreanas, onde foram discutidas opções de resposta. Ele fez um apelo à China e à comunidade internacional para pressionar a Coreia do Norte a cessar suas ações militares provocativas. O vice-embaixador dos EUA nas Nações Unidas, Robert Wood, informou que atualmente existem aproximadamente 8 mil soldados da Coreia do Norte na região de Kursk, na Rússia.

A presença de tropas norte-coreanas na Rússia levantou questões sobre a veracidade das alegações da Rússia de não ter militares da Coreia do Norte em seu território. A Coreia do Norte, por sua vez, afirmou que a possibilidade de enviar tropas está em conformidade com o direito internacional.

Recentemente, os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram manobras militares conjuntas como resposta ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte, que alcançou uma altura recorde. Essas manobras enfatizaram a preocupação crescente com o aumento das hostilidades na região.

O Pentágono, diante dessa situação, garantiu que a Ucrânia não terá novas restrições na utilização de armamentos americanos, caso os soldados norte-coreanos se juntem ao exército russo. O porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, expressou preocupações sobre a situação, afirmando que parte das tropas já está se aproximando da Ucrânia.

A situação continua a evoluir, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fazendo constantes apelos a aliados para obter armas de longo alcance para enfrentar a Rússia. A presença de soldados da Coreia do Norte em território russo não só aumenta as tensões na região, mas também levanta sérias preocupações sobre a dinâmica do conflito e possíveis futuras implicações em nível global.