Em uma reviravolta surpreendente, o presidente eleito Donald Trump anunciou, na noite da última terça-feira (12), a nomeação do bilionário Elon Musk para o cargo de chefe do novo Departamento de Eficiência Governamental dos EUA. A medida ocorre logo após a indicação do apresentador da Fox News, Pete Hegseth, como novo secretário de Defesa.

Musk, fundador da Tesla e SpaceX, é conhecido por sua personalidade megalomaníaca e sua busca incessante por poder, e agora terá a responsabilidade de liderar um departamento cujo objetivo, segundo Trump, é "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas e reestruturar agências federais". Curiosamente, o novo departamento terá a sigla DOGE, uma referência à criptomoeda Dogecoin, algo que Musk sempre apoiou.

"Isso será ao mesmo tempo extremamente trágico e extremamente divertido", disse Musk em resposta à sua nomeação. Ele pretende criar um ranking dos "gastos mais absurdos" com impostos, prometendo chocar o sistema e expor desperdícios dentro do governo.

A nomeação de Hegseth como secretário de Defesa, um veterano do Exército e defensor das políticas "America First", se alinha à agenda Republicana de eliminar práticas de diversidade no Pentágono, e busca restabelecer um forte poder militar dos Estados Unidos.

Além disso, enquanto Musk se prepara para assumir esse desafio em Washington, seu foco também se volta para o Brasil, onde está interessado nas vastas reservas de lítio do país. Em 2022, Musk fez promessas de expandir a internet Starlink na região, mas agora sua atenção está voltada para o lítio, o que é considerado o "novo petróleo do século XXI". O Brasil possui aproximadamente 1,2 milhão de toneladas desse mineral essencial para baterias de veículos elétricos, setor onde a Tesla deseja expandir seu domínio.

O lítio brasileiro é extraído de uma forma mais sustentável se comparado a outros países, como Chile e Argentina, que utilizam métodos que agridem o meio ambiente. Isso coloca o Brasil em uma posição privilegiada no cenário global, atraindo investidores e aumentando o interesse de empresas internacionais. Recentemente, a Tesla firmou parceria com a Vale para a aquisição de níquel, um componente crucial para a fabricação de baterias elétricas.

A possibilidade de Musk abrir uma fábrica da Tesla no Brasil se torna cada vez mais real, à medida que a demanda por lítio deve crescer exponencialmente até 2040. Essa movimentação pode transformar o Brasil em um centro líder de tecnologia e produção de veículos elétricos, solidificando sua importância no mercado global e mudando a dinâmica da exploração de recursos naturais.