Saúde

Desvendado: a chocante conexão entre pobreza e saúde mental segundo a ONU!

2024-11-13

Autor: Julia

Com o aumento das desigualdades econômicas ao redor do mundo, os problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, têm se tornado alarmantemente frequentes entre as populações de baixa renda. Um relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU), intitulado "Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental", revela que pessoas em situação de pobreza correm um risco três vezes maior de desenvolver esses transtornos. Essa informação chocante ressalta a necessidade de ações imediatas.

O relator especial da ONU, Olivier De Schutter, apontou que a constante busca pelo crescimento econômico está diretamente relacionada ao aumento da carga de trabalho, que frequentemente resulta em condições laborais precárias. Esse cenário não apenas afeta os mais pobres, mas também a classe média, que vive sob a ameaça constante de descender à pobreza.

Como a carga excessiva de trabalho está ligada a transtornos mentais?

Um fator crucial para o estresse e os transtornos mentais é a carga de trabalho incessante, muitas vezes com horários irregulares. Essa situação é especialmente comum entre trabalhadores de plataformas digitais e aplicativos, que precisam estar disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. O resultado é um desequilíbrio significativo entre a vida pessoal e profissional, gerando estresse contínuo.

Além disso, essa irregularidade nos horários de trabalho amplifica a incerteza financeira, uma vez que muitos trabalhadores não sabem ao certo quando ou quanto irão ganhar. Essa precariedade financeira intensifica os sentimentos de ansiedade e vulnerabilidade, prejudicando ainda mais a saúde mental dessas populações.

Fatores cruciais a considerar:

1. **Estresse crônico**: A carga de trabalho constantemente elevada provoca altos níveis de estresse, que, se prolongados, podem resultar em esgotamento físico e emocional.

2. **Distúrbios do sono**: As preocupações constantes relacionadas ao trabalho e as longas jornadas podem gerar insônia e outros distúrbios do sono, comprometendo ainda mais a saúde mental.

3. **Dificuldade em equilibrar vida pessoal e profissional**: A sobrecarga frequentemente resulta em negligência da vida pessoal, impactando relacionamentos e lazer, elementos fundamentais para o bem-estar.

4. **Sensações de inadequação**: A pressão para alcançar resultados e a demanda excessiva podem criar um sentimento de incapacidade, afetando a autoestima e a autoconfiança.

5. **Isolamento social**: A dedicação exagerada ao trabalho pode levar ao isolamento, dificultando a busca de apoio e aumentando o risco de depressão e ansiedade.

Fatores adicionais que influenciam a saúde mental:

Outro fator que vem ganhando destaque é a ansiedade climática. Desastres naturais, como inundações e secas extremas, não apenas destroem os meios de subsistência, mas também alimentam a instabilidade econômica e emocional das comunidades atingidas. Em um cenário onde as mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, esse fator agrava as tensões já existentes, provocando um impacto devastador na saúde mental.

Quais ações podem ser adotadas pelos governos?

Segundo o relatório, uma solução para mitigar esses problemas seria a implementação de políticas que abordem diretamente as desigualdades e as inseguranças financeiras. Entre as propostas estão a adoção de uma renda básica universal, que garantiria um mínimo para evitar a pobreza, além de incentivos para economias sociais e solidárias.

A colaboração com organizações não governamentais, como sindicatos e movimentos sociais, é essencial para criar novas alternativas ao atual paradigma econômico, focando na redução da pobreza e na promoção da saúde mental.

Futuro das políticas públicas para a saúde mental:

Esperamos que novas propostas, visando buscar um equilíbrio entre crescimento econômico e bem-estar social, sejam apresentadas em 2025. O foco deve estar no desenvolvimento de estratégias que não apenas tratem das condições de trabalho, mas que também ofereçam suporte à saúde mental das populações mais vulneráveis.

Essa abordagem abrangente, que inclui perspectivas sociais e solidárias, visa proporcionar não somente segurança econômica, mas também melhorar a qualidade de vida de maneira sustentável e duradoura. Não deixe de acompanhar as discussões e medidas que emergirão, pois elas podem alterar futuramente a políticas públicas de saúde mental em todo o mundo!