A China Se Prepara Com Armas Pesadas Para Enfrentar a Nova Guerra Comercial de Trump
2024-11-15
Autor: Lucas
A Preparação da China para a Guerra Comercial
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, durante sua campanha, voltou a prometer a imposição de tarifas exorbitantes, que podem ultrapassar os 60%, sobre todas as mercadorias importadas da China. Isso revive a retórica que já causou uma guerra comercial de trilhões de dólares entre as duas potências. Entretanto, a nova idade que se inicia traz a certeza de que a China agora conta com um arsenal muito mais robusto para reagir às provocativas políticas de Trump, de acordo com especialistas em comércio e analistas geopolíticos.
Contramedidas da China
Analistas afirmam que a China não apenas está pronta para negociar, mas também possui "poderosas contramedidas" para proteger seus interesses. Wang Dong, diretor do Instituto para a Cooperação e Compreensão Global da Universidade de Pequim, expressou: "Este é um processo de duas vias. A China, naturalmente, tentará interagir com Trump, mas se não houver avanços nas negociações, como aconteceu em 2018, defenderemos os direitos e interesses da China com firmeza."
Nova Legislação e Estratégias Econômicas
Desde a última guerra comercial, a China intensificou suas ferramentas de retaliação. Uma das mais significativas foi a aprovada em 2021, conhecida como "lei contra sanções estrangeiras", que permite ao país impor sanções a empresas e indivíduos de países considerados hostis. Além disso, Pequim também começou a controlar mais rigorosamente suas exportações, especialmente de metais raros, essenciais em diversas indústrias de alta tecnologia e setores estratégicos.
Riscos Geopolíticos
Andrew Gilholm, especialista em questões chinesas da consultoria Control Risks, advertiu: "Muitos ainda não entenderam o verdadeiro risco geopolítico envolvido na guerra comercial, pois a China não havia retaliado de maneira robusta até agora". Contudo, os analistas enfatizam que a moderação nas respostas de Pequim pode estar chegando ao fim e que o arsenal de retaliação está prestes a ser utilizado.
Consequências para a Economia Global
A postura agressiva de Trump pode levar economias ao redor do mundo a considerar o fortalecimento de laços comerciais com a China, visto que outros países poderiam passar a vê-los como parceiros comerciais menos confiáveis. Joe Mazur, um analista de mercado, comentou: "Se as principais economias começarem a entender que os EUA não são um parceiro comercial seguro, elas podem procurar cooperar mais com a China em busca de melhores alternativas de mercado."
Impacto nas Relações Comerciais
As políticas de Trump sustentam uma visão arcaica de que os EUA sofreram com a desindustrialização devido a acordos comerciais desfavoráveis. Essa estratégia não apenas coloca em risco a relação bilateral com a China, mas também afeta as relações comerciais com aliados tradicionais. Especialistas também acreditam que, caso novas tarifas sejam efetivadas, a resposta da China poderá incluir restrições a exportações vitais e sanções estratégicas direcionadas a setores chave da economia americana, elevando significativamente a tensão e o impacto econômico global dessa nova fase de disputa comercial.