Saúde

Número de Idosos em Leitos Hospitalares em Fortaleza Chega a 48: Uma Crise que Precisa de Solução Urgente!

2024-11-04

Autor: Gabriel

A situação dos idosos em Fortaleza se agrava a cada dia, com um total alarmante de 48 pessoas vivendo em hospitais devido à falta de alternativas de acolhimento. O Ministério Público do Ceará (MPCE) tomou ciência da situação e exige imediatas providências para a ampliação do número de vagas no Abrigo Olavo Bilac.

A realidade é preocupante: inicialmente, foram identificados apenas 24 idosos nessas condições, mas uma investigação mais aprofundada das Promotorias de Justiça da Pessoa Idosa revelou que o número dobrou. O MPCE, através de sua 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa Idosa, está batalhando para encontrar uma solução para este crescente problema que aflige a população idosa da capital.

Na última quarta-feira, 30 de agosto, o MPCE recomendou que o Abrigo Olavo Bilac, atualmente no seu limite de 75 idosos, aumente sua capacidade para facilitar a reintegração de idosos que já foram liberados do hospital, mas não têm para onde ir devido a condições inadequadas.

Atualmente, dos 75 idosos no Abrigo, impressionantes 74% são residentes de Fortaleza. Além disso, o governo planeja expandir a oferta de Instituições de Longa Permanência (ILPI) para atender não apenas Fortaleza, mas também municípios menores, como Brejo Santo, onde uma nova instituição deve ser inaugurada ainda este ano. Isso é crucial, pois muitos desses municípios possuem carência em serviços de abrigamento.

O MPCE emitiu um novo pedido à Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) para incluir esses novos casos no sistema de acolhimento e reforçou a importância de criar novas vagas, com a recomendação de dobrar a capacidade do Abrigo Olavo Bilac de 75 para 150 leitos em até 60 dias.

Esses idosos, que vão de 60 a 89 anos, representam uma parte vulnerable da sociedade, e é inaceitável que estejam ocupando leitos hospitalares simplesmente por não terem um lugar seguro para viver. Entre eles, 29 são homens e 17 são mulheres, com alguns já hospitalizados há quase um ano.

O MPCE, através do promotor Alexandre de Oliveira, destacou a urgência da situação: "A ocupação de leitos hospitalares por idosos que já poderiam ter alta é um problema que não podemos ignorar. Precisamos garantir um ambiente adequado e digno para esses cidadãos. Essa recomendação é um passo vital para assegurar os direitos fundamentais dos idosos e aliviar a pressão sobre as unidades de saúde".

A Secretaria de Proteção Social também confirmou a situação da capacidade do Abrigo Olavo Bilac e a responsabilidade de atender as cidades menores. No entanto, fica a pergunta: a sociedade e o governo estão realmente atentos às necessidades da população idosa, ou a crise continuará a se agravar?

A luta por dignidade e respeito aos idosos em Fortaleza não pode acabar aqui. É hora de agir e buscar alternativas para garantir não apenas um abrigo, mas um lar seguro e acolhedor para todos os idosos.