Argentina celebra seu décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro
2024-11-15
Autor: Mariana
A Argentina anunciou seu décimo mês seguido de superávit primário em outubro, conforme revelado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, através das redes sociais na última sexta-feira (15). O saldo positivo alcançou 747 bilhões de pesos argentinos (aproximadamente R$ 4,3 bilhões).
O setor público havia registrado um superávit financeiro de 523 bilhões de pesos no mês anterior, sinalizando uma tendência de controle fiscal. O presidente Javier Milei, que tem se comprometido com a política de déficit zero, já declarou que veto projetos de lei que ponham em risco o equilíbrio fiscal. Ele atribui a crise econômica e a inflação recorde aos gastos excessivos dos governos anteriores.
MELHORA NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Este anúncio ocorre no mesmo dia em que a Fitch Ratings, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, elevou a nota de longo prazo da Argentina de "CC" para "CCC". Esta reclassificação é considerada um sinal positivo, refletindo a expectativa de que a entrada de dólares no país resultará em um aumento nas reservas internacionais. No entanto, a Fitch ainda aponta riscos quanto à capacidade de pagamento da Argentina.
Segundo a agência, a economia argentina deve contrair 3,6% em 2023, mas projeta uma recuperação com um crescimento de 3,9% em 2025, embora cercada de incertezas cambiais.
CORTE DE IMPOSTOS SURGE NO HORIZONTE
Além disso, o governo argentino anunciou que eliminará impostos sobre produtos adquiridos no exterior, uma medida que deve entrar em vigor em dezembro. O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, destacou que essa decisão visa estimular a importação e o consumo, apresentando uma tentativa de revitalizar a economia local ao facilitar acesso a produtos estrangeiros.
Essa série de medidas é um indicativo da estratégia do governo para recuperar a confiança do mercado e dos cidadãos, estabelecendo um novo caminho para a economia argentina, que historicamente enfrentou desafios significativos. Será que essas ações serão suficientes para combater a alta inflação e trazer estabilidade econômica ao país?