A Voepass, companhia aérea que vem enfrentando um turbulento período, suspendeu as vendas de passagens aéreas em seu próprio site sem oferecer detalhes sobre o motivo dessa medida. Em um comunicado, a empresa reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento da aviação regional, ligando o interior do Brasil aos grandes centros urbanos.

A decisão de suspender as vendas ocorre em um cenário delicado após o trágico acidente aéreo que resultou na morte de 62 pessoas. O incidente, que aconteceu no dia 9 de agosto, envolveu uma aeronave que caiu no condomínio Recanto Florido, localizado no bairro Capela.

Desde a tragédia, a Voepass passou por uma significativa reformulação, demitindo diretores e promovendo mudanças em sua alta administração. Recentemente, a empresa informou a demissão dos diretores responsáveis pelas áreas de manutenção, segurança operacional e operações. José Luiz Felício Filho, o presidente e cofundador da Voepass, assumiu novas funções, além de continuar na liderança operacional, agora ele ficará à frente da gestão executiva de toda a companhia. Com mais de 30 anos de experiência como piloto e na presidência desde 2004, Felício reafirma a importância de seguir as melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional.

A Tragédia que Abalou a Voepass

No fatídico dia 9 de agosto, a aeronave partiu de Cascavel, Paraná, com destino a Guarulhos, São Paulo, levando 58 passageiros e quatro tripulantes. De acordo com registros do FlightAware, o avião decolou às 11h50 e teria pousado por volta das 13h45. Infelizmente, em apenas dois minutos, a aeronave despencou de 13 mil pés (4.000 metros). Dados do Flight Radar indicam que o avião estava a 17 mil pés de altitude às 13h20 e, em um curto espaço de tempo, caiu para 4.000 pés, momento em que o sinal de GPS foi perdido.

O piloto, Danilo Santos Romano, relatou uma possível falha no sistema antigelo da aeronave, informação que foi apresentada em um relatório preliminar do Cenipa, órgão responsável pela investigação de acidentes aeronáuticos no Brasil. Essa falha, no entanto, ainda está sendo investigada, e a apuração completa deve trazer mais clareza sobre as causas do acidente.

Infelizmente, a tragédia deixou um legado de dor para famílias de Cascavel, já que a maioria das vítimas eram naturais da cidade. As identificações das vítimas foram complexas e realizadas através de métodos como análise de arcadas dentárias, DNA e coleta de impressões digitais.

O Futuro da Voepass

Com a suspensão das vendas, questionamentos sobre o futuro da Voepass surgem entre os passageiros e o setor aéreo. A companhia deverá reavaliar sua estratégia de mercado e focar intensamente em recuperar a confiança da população. Especialistas argumentam que a transparência nas próximas etapas será fundamental para reestabelecer a credibilidade da empresa e garantir a segurança de seus voos. O que vem por aí? Fique atento para mais atualizações!