Dom Antônio João Maria José Jorge Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, mais conhecido como Dom Antônio de Orleans e Bragança, faleceu nesta sexta-feira (08/11), aos 74 anos, deixando um legado significativo para a história imperial do Brasil.

Natural do Rio de Janeiro, Dom Antônio estava internado desde agosto na Casa de Saúde São José, localizada no Humaitá, Zona Sul da capital fluminense, tratando de complicações respiratórias.

Nascido em 24 de junho de 1950, Dom Antônio era o 7º dos 12 filhos do príncipe Pedro Henrique de Orleans e Bragança, ex-chefe da Casa Imperial do Brasil (CIB), e de sua esposa, Maria da Baviera de Orleans e Bragança, também conhecida como Princesa Maria Elizabeth. Seu velório ocorrerá na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.

Dom Antônio era irmão de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, de 83 anos, chefe atual da CIB. Ele era casado com a princesa Dona Christine de Ligne e pai de quatro filhos: Dom Pedro Luiz, Dom Rafael, Dona Amélia e Dona Maria Gabriela de Orleans e Bragança.

Além de suas contribuições à Casa Imperial, Dom Antônio foi um engenheiro civil respeitado, formando-se em 1976 pela Universidade de Barra do Piraí. Sua carreira profissional incluiu papéis na Construtora Adolpho Lindenberg e na Nuclebrás Engenharia (hoje Eletrobrás Eletronuclear), demonstrando seu comprometimento com o desenvolvimento do Brasil.

O príncipe era também um artista talentoso, tendo produzido mais de 600 aquarelas que capturaram as belezas naturais do Brasil e a arquitetura de seu país e da Europa. Suas obras foram amplamente reconhecidas e expostas em diversas galerias e museus, atraindo elogios de críticos e admiradores.

Em nota oficial, a Casa Imperial do Brasil expressou profundo pesar pela perda, convocando a todos para rezarem pela alma de Dom Antônio, destacando seu papel como membro respeitado e querido da família e da sociedade.

"Comunicamos o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Antônio de Orleans e Bragança. Ele deixa para trás uma esposa, a Princesa Imperial Viúva do Brasil, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, e seus filhos, Dom Rafael e as Princesas Dona Maria Gabriela e Dona Amélia de Orleans e Bragança, além de netos que sentirão imensamente sua falta", dizia a nota.

O falecimento de Dom Antônio de Orleans e Bragança marca um momento de reflexão sobre a história imperial brasileira e a importância de suas tradições na cultura do país. Com ele, se vai não apenas um membro de uma família histórica, mas um homem comprometido com a arte, a engenharia e o legado cultural do Brasil.