Muitas pessoas têm o hábito de dormir com alguma luz acesa, seja por um desejo de se sentirem mais seguras ou por simplesmente estarem acostumadas. Mas você já parou para pensar nos impactos disso na sua saúde? A seguir, vamos explorar as razões principais e os riscos que isso pode acarretar.

1. Ansiedade e Medo

Para muitos, ambientes claros podem proporcionar uma sensação de segurança, especialmente em locais desconhecidos. Essa explicação é comum, mas a verdade é que essa prática pode estar alimentando a ansiedade em vez de combatê-la.

2. Desordens do Sono

A luz pode agravar problemas como a insônia, tornando os indivíduos mais suscetíveis a pesadelos e despertares abruptos. Isso gera um ciclo de sono fragmentado que impacta na qualidade de vida.

3. Rotina e Hábito

Muitos de nós somos ensinados a dormir com luz desde a infância. Contudo, hábitos potencialmente prejudiciais podem ser quebrados com o tempo e esforço.

4. Condições Médicas

Algumas pessoas apresentam nictofobia — o medo do escuro — que pode levar a essa necessidade de luz. Isso normalmente se desenvolve na infância e, se não tratado, pode persistir na vida adulta.

A Importância do Escuro para a Saúde

Especialistas em sono ressaltam que o ideal é dormir em um ambiente completamente escuro. Quando estamos em um ambiente escuro, nosso cérebro ativa a produção de melatonina, o hormônio do sono, que não só auxilia o adormecer, mas também é essencial para várias funções fisiológicas. Além disso, a luz durante a noite está associada ao aumento do risco de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade.

O psiquiatra Luiz Scocca ressalta que a iluminação externa das grandes cidades já seria suficiente para afetar a qualidade do sono. Ele alerta que, mesmo pequenas iluminações como a que surge ao acender uma luz para ir ao banheiro, podem ser prejudiciais, embora reconheça a necessidade de iluminar o caminho em certas situações.

Alternativas para quem prefere um pouco de luz

Se você não consegue se livrar da luz durante o sono, o psiquiatra José Brasileiro recomenda opções de baixa intensidade. Lâmpadas de cor quente são melhores, pois não estimulam excessivamente o sistema nervoso central.

Outra orientação valiosa é o uso de dimmers, que permitem controlar a luminosidade. Sabia que a luz vermelha pode ser uma alternativa? Ela não influencia na produção de melatonina e pode ser utilizada em luminárias.

Além disso, para quem assiste TV até tarde, o uso de temporizadores pode ser uma solução prática. Com eles, você pode programar para a luz se desligar após um tempo. E se você usar um abajur, procure colocá-lo em um canto da sala, permitindo que a luz ilumine suavemente, sem ofuscar todo o ambiente.

Adotar hábitos noturnos saudáveis é crucial e pode fazer toda a diferença na qualidade do seu sono e, por consequência, na sua saúde física e mental. Não deixe a luz virar seu inimigo!