Um Ano de SAF: Atlético Mineiro Reduz Dívida e Alcança Sucesso, Mas Enfrenta Desafios
2024-11-01
Autor: Matheus
A trajetória do Atlético Mineiro tomou um novo rumo há exatamente um ano, quando o clube se transformou em uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Desde então, mudanças na gestão, redução da dívida e desafios para o futuro têm sido temas em destaque. Vamos fazer um balanço deste período.
A formalização da SAF foi aprovada pelo Conselho Deliberativo em 20 de julho de 2023, mas sua implementação começou em 1º de novembro. Desde o início, a gestão do clube passou a ser liderada pelos principais acionistas da SAF: Rafael Menin e Rubens Menin, que juntos detêm 41,8% da Galo Holding, que adquiriu 75% das ações por R$ 913 milhões. Ricardo Guimarães e Renato Salvador também desempenham papéis importantes na administração.
Esta nova estrutura conta com nomes influentes, como Gustavo Drummond (2R Holding), Daniel Vorcaro (FIP Galo Forte), e Marcelo Patrus (FIGA – Fundo de Investimentos do Galo). Além deles, a administração é apoiada por um comitê de futebol que inclui líderes como Sérgio Coelho e Rodrigo Caetano.
Uma alteração significativa na gestão foi a intensificação da participação de Daniel Vorcaro, que aumentou seu investimento inicial de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões em fevereiro deste ano, ascendendo sua participação de 8,2% para 20,2% na sociedade. Isso demonstra um comprometimento crescente em decisões dentro do clube.
No que diz respeito à dívida, o Atlético conseguiu uma redução impressionante de cerca de R$ 750 milhões, diminuindo o total para R$ 1,3 bilhão. Essa cifra não inclui a dívida relacionada à nova Arena MRV, que está atrelada a um fundo de investimento.
Em relação ao desempenho esportivo, a SAF resultou em sucesso nas competições. O clube conquistou o Campeonato Mineiro, derrotando o rival Cruzeiro, e está atualmente nas finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores. No entanto, o Atlético ocupa uma posição modesta no Campeonato Brasileiro, com apenas 41 pontos e na 10ª colocação.
A diretoria enfrentou críticas em relação ao elenco enxuto no início da temporada, mas fez contratações estratégicas na janela de julho, adicionando jogadores importantes como os zagueiros Lyanco e Junior Alonso, e o meio-campista Fausto Vera.
O primeiro ano da SAF também trouxe resultados financeiros, com o clube investindo cerca de R$ 109 milhões em contratações e recebendo aproximadamente R$ 38 milhões com a venda de jogadores, resultando em um saldo de investimento de R$ 71 milhões.
Para o futuro, o Atlético ainda enfrenta desafios, incluindo uma dívida significativa, embora tenha avançado em suas operações financeiras. O clube planeja melhorias na Arena MRV, incluindo mudanças no gramado, que se tornarão sintéticos na próxima temporada, e ajustes técnicos na acústica do local.
Em termos de elenco, grande parte dos jogadores que têm contrato até o final da temporada não são considerados titulares, o que representa um desafio para a diretoria ao buscar uma composição mais forte para a próxima temporada.
O primeiro jogo do segundo ano da SAF promete ser uma partida decisiva, com o Atlético enfrentando o Flamengo no Maracanã no dia 3 de novembro, às 16h, pela ida da final da Copa do Brasil. Fique atento às emoções que ainda estão por vir nesse novo capítulo da história do Atlético Mineiro!