Nação

Últimos Momentos de um Homem-Bomba: O Que Realmente Aconteceu Antes do Atentado ao STF?

2024-11-15

Autor: Maria

Francisco Wanderley Luiz, o responsável pelas explosões trágicas na Praça dos Três Poderes, se despediu de seus vizinhos um dia antes do terrível atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ocorreu na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024. O homem, de 59 anos, havia alugado uma casa em agosto na QNN 7 da Ceilândia Norte, no Distrito Federal.

Descrevendo Francisco como uma pessoa reservada e aparentemente pacífica, seus vizinhos notaram sua presença na comunidade apenas nos últimos meses. Lucas França, um morador local de 29 anos, conheceu Francisco e até realizou reparos em sua bicicleta um dia antes do ataque. Apesar das interações escassas, Lucas declarou que a forma como Francisco pagava suas contas e se comunicava era sempre neutra e sem alardes.

Enquanto isso, a jovem Sabrina Raposo, que trabalha em uma distribuidora de bebidas nas proximidades, observa o comportamento de Francisco. Segundo ela, ele tinha o hábito de frequentar o local diariamente e sempre pedia a mesma combinação: uma lata de cerveja Spaten e um maço de cigarro Wiston Azul. O detalhe que chamou sua atenção foi que Francisco não possuía uma geladeira e sempre comprava apenas uma unidade da bebida.

Sabrina ficou intrigada quando percebeu que Francisco tentou se despedir de seu irmão. No dia anterior ao ataque, Francisco revelou a ele que iria viajar e não voltaria mais, pedindo que lembrasse dele ao olhar para as estrelas. Essa declaração a deixou preocupada com suas intenções, dado seu comportamento estranho nas semanas anteriores.

Na distribuição de bebidas, Francisco reiterou sua intenção de viajar, enquanto um detalhe sombriamente revelador surgiu: ele era Originário de Rio do Sul, em Santa Catarina. Em 2020, tentou se eleger como vereador, porém, obteve apenas 98 votos. Ele evitava discutir a própria família ou política, mas sempre mostrava uma disposição a ajudar os vizinhos, mesmo que estivesse visivelmente deprimido e solitário.

Em sua última conversa com Sabrina, ele mencionou que seu nome seria famoso nas redes sociais em breve. “Ele dizia que todos ouviriam falar no Tiú França”, conta. Isso levanta questões sobre seus reais objetivos e o que motivou suas ações.

Outro aspecto intrigante é a suposta afeição de Francisco pelas crianças do bairro. Yasmim Alves, uma vendedora de caldos, recorda que ele presenteou seu filho com uma mochila e um quadro de desenhar e sempre elogiava a luz do menino. Apesar de parecer pacífico, seu comportamento isolado e suas últimas ações deixaram muitos em dúvida sobre suas verdadeiras intenções.

No fatídico dia do atentado, Francisco desapareceu e não apareceu na distribuidora. E enquanto seus vizinhos se preocupavam com seu bem-estar, ele se dirigiu à Praça dos Três Poderes, 33 km de sua casa, onde, por volta das 19h30, armou uma explosão parcial em um Kia Shuma prata com fogos de artifício e tijolos, culminando em um ato de autossabotagem que o levou à morte e a um ataque devastaador ao STF.

Este trágico episódio nos deixa com muitas perguntas: Quem realmente era Francisco? O que levou um homem tão aparentemente normal a cometer tal ato? E, mais importante, como poderíamos ter percebido os sinais de que algo terrível estava prestes a acontecer?