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Trump Monta uma Equipe de Fiel Companhia para um Retorno Agressivo à Casa Branca

2024-11-09

Autor: Lucas

Enquanto degustavam iguarias como caranguejos e sushis, algumas das personalidades mais ricas do mundo se reuniam em Mar-a-Lago, a luxuosa residência de Donald Trump, na noite da eleição de terça-feira (5). Entre os convidados estavam o bilionário Elon Musk e Dana White, CEO do UFC.

Horas antes de os resultados serem anunciados, Musk, com sua habitual audácia, declarou o vencedor em sua plataforma, X, escrevendo: "Game, set and match". Após a confirmação da vitória de Trump sobre Kamala Harris, os dois se reuniram para um jantar no terraço do resort, onde Musk não hesitou em compartilhar sua empolgação, postando a frase em latim "Novus Ordo Seclorum", traduzindo-se como "nasce uma nova era".

A dinâmica deste segundo mandato promete ser radicalmente diferente do primeiro. Com 78 anos, Trump está mostrando uma inclinação maior por lealdade, atraindo doadores bilionários e membros do movimento Maga (Faça a América Grande Novamente). Nomes como o vice-presidente eleito J.D. Vance e seu filho Don Jr. ocupam posições centrais em sua nova equipe.

Na quinta-feira (7), Trump fez o primeiro grande anúncio, nomeando Susie Wiles como sua chefe de gabinete, um passo que é apenas o início de uma série de contratações que moldarão sua equipe nos próximos dias. Como no primeiro mandato, Trump pretende implementar rapidamente uma agenda abrangente que incluirá deportações em massa e cortes de impostos, ampliando as ambições que ele não conseguiu realizar anteriormente.

Diferentemente de 2016, quando Trump foi forçado a confiar no establishment republicano, agora ele recorre a aliados que ressoam com sua visão populista. Estão ao seu lado figuras proeminentes como Howard Lutnick e Linda McMahon, ambos considerados potenciais candidatos a cargos no gabinete, com Lutnick cotado para o Tesouro e McMahon para o Comércio.

A nova configuração da equipe de Trump também conta com a presença influente de seu filho mais velho, Donald Trump Jr., que não apenas moldou a escolha do vice-presidente, mas também busca fortalecer a presença do ex-presidente entre os jovens através de podcasts. Ele declarou ao Fox and Friends: "São essas as pessoas que garantirão a mensagem do presidente. Não vamos nos curvar a Wall Street, mas nos comprometer com o trabalhador".

A composição da equipe de transição conta ainda com figuras como Robert F. Kennedy Jr e Tulsi Gabbard, ambos com histórias complexas no espectro político. A entrada deles levanta questões sobre os papéis que desempenharão, enquanto Kennedy já se manifestou sobre saúde e ciências, prometendo uma revisão rigorosa das vacinas e a erradicação do flúor em água potável.

O cenário que se desenha em torno de Trump é de uma administração quase monopolizada por aliados próximos e leais, refletindo uma nova era não apenas para o republicano, mas também para a política americana. No entanto, o que está em jogo são conflitos de interesse e discordâncias potenciais, que ainda precisam ser navegados cuidadosamente.

À medida que Trump se prepara para assumir o cargo novamente em 20 de janeiro, a presença de figuras bilionárias na sua equipe sugere que seu governo não apenas buscará a implementação de políticas radicais, mas também sinaliza uma mudança em direção ao combate aberto a vozes críticas vindas até mesmo de dentro do seu círculo. Uma nova era pode estar prestes a começar, mas com ela vêm desafiadoras tempestades políticas.