Trump e a Revolução Antiwoke: O Que Está Acontecendo com a Diversidade nas Empresas?
2025-01-22
Autor: Mariana
Donald Trump não apenas fez promessas durante sua campanha, mas as cumpriu assim que assumiu o cargo. Apenas dois dias após a posse, o presidente dos Estados Unidos tomou a controvérsia decisão de afastar funcionários de programas voltados para Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade (DEIA). Essa movimentação é vista como um avanço da chamada agenda anti-woke, que vem ganhando força especialmente entre empresários e investidores nos últimos tempos.
Desde o início de 2023, várias marcas de renome mundial, como McDonald's, Boeing, Walmart, John Deere e Harley-Davidson, decidiram cancelar as suas políticas de diversidade e ações afirmativas, gerando um debate acalorado. Essa mudança de postura reflete uma crescente resistência a iniciativas que promovem a igualdade racial, gênero e inclusão social.
Recentemente, Mark Zuckerberg, o CEO da Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, também seguiu essa linha e anunciou o fim de programas que incentivavam a diversidade em suas contratações e ações sociais. Essa decisão provoca questionamentos sobre o impacto que o 'antiwoke' pode ter no futuro das relações corporativas.
No entanto, em meio a essa onda conservadora, algumas empresas brasileiras como Natura e Carrefour se destacam por reafirmar seu compromisso com a inclusão. A Natura, por exemplo, declarou em um comunicado: “Mais do que metas, a preservação do meio ambiente, a defesa incondicional dos direitos humanos e a valorização da diversidade são fundamentais para a sustentabilidade do nosso negócio.” Já o Carrefour Brasil também fez um post afirmativo em suas redes sociais enfatizando a importância da inclusão.
O slogan "quem lacra não lucra" se tornou um mantra em movimentos conservadores que buscam boicotar marcas que defendem a diversidade. No Brasil, o Burger King se viu no olho do furacão após uma campanha publicitária que gerou reações adversas por parte dos consumidores, destacando a fragilidade das marcas que se posicionam ao lado da inclusão.
Além disso, o receio do 'cancelamento' e a preocupação com investidores que estão retirando bilhões de dólares de fundos que apoiam questões sociais e ambientais, como o BlackRock, complicam ainda mais essa realidade. Especialistas afirmam que, apesar do avivamento conservador impulsionado pela posse de Trump, é essencial observar as tendências de mercado e evitar posicionamentos definitivos, especialmente no Brasil. A questão agora é: até onde vai a diversidade nas empresas e qual será o impacto disso em um mundo cada vez mais polarizado?