Na tarde desta terça-feira (1º), uma professora de inglês da Escola Municipal de Ensino Fundamental João de Zorzi, localizada no bairro Fátima Baixo em Caxias do Sul, foi brutalmente esfaqueada por seus alunos. O ataque aconteceu durante uma das primeiras aulas da tarde, quando a professora foi surpreendida por um ato de violência inesperado.

De acordo com a direção da escola, os responsáveis foram identificados como dois adolescentes de 14 e 15 anos, juntamente com uma menina de 13 anos. Após o ataque, os jovens fugiram, mas a menor foi apreendida pela polícia. A Brigada Militar e a Guarda Municipal estão mobilizadas na busca pelos outros envolvidos, o que levanta questões preocupantes sobre a segurança nas escolas e a influência da violência nas gerações mais novas.

A professora, que sofreu ferimentos na cabeça, nas costas e no pescoço, foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital da Unimed pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Felizmente, ela está estável e não corre risco de morte.

Estudantes que presenciaram o ataque relataram momentos de terror. Segundo Gabriel Boff, vice-diretor da escola, muitos alunos deixaram a sala em pânico, gritando e pedindo ajuda. Uma técnica em enfermagem, Raquel Pereira, que atendeu a professora, mencionou que as crianças estavam tão apavoradas que não conseguiam se expressar adequadamente.

Os pais rapidamente foram buscar seus filhos na escola após o incidente traumático. Em resposta ao ocorrido, a Polícia Civil também compareceu ao local para investigar e avaliar a situação.

Suspensão das aulas

Devido à gravidade da situação, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) anunciou a suspensão das aulas em toda a rede municipal nesta quarta-feira (2) com o objetivo de proporcionar apoio à professora e aos alunos impactados. A secretária da Educação, Marta Fattori, destacou a importância de repensar as estratégias para garantir um ambiente escolar seguro.

"Precisamos parar e refletir sobre como preparar melhor nossas escolas para que episódios como este não voltem a acontecer", afirmou Fattori, ressaltando a necessidade de um esforço conjunto da sociedade para abordar a questão da violência nas escolas.

Em nota oficial, a Smed garantiu que os alunos envolvidos vinham sendo monitorados e acompanhados regularmente. O diretor administrativo, André da Silveira, junto com as equipes Psicossocial e Cipave, está na escola oferecendo suporte aos professores e estudantes, enfatizando o compromisso da instituição em promover um ambiente seguro e acolhedor.

Esse triste evento levanta a discussão sobre a violência juvenil e a necessidade urgente de estratégias de prevenção em instituições de ensino, além de reforçar a importância de um apoio psicológico contínuo para todos os envolvidos.