Na manhã desta segunda-feira (4/11), Diogo Fernandes, presidente da JF Prev, a autarquia responsável pela previdência dos servidores públicos de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, foi exonerado após denúncias de agressão à sua esposa, de 29 anos, ocorridas durante uma festa de Halloween neste final de semana.

De acordo com um comunicado oficial da Prefeitura de Juiz de Fora, Fernandes pediu para ser exonerado. A Prefeitura externou seu repúdio a qualquer ato de violência contra mulheres, solidarizando-se com a vítima do ocorrido e lamentando a situação.

Minas Gerais apresenta um cenário alarmante com 411 casos de agressão contra mulheres por dia, revelando a urgência de um debate amplo sobre violência doméstica no estado.

O Incidente

O boletim de ocorrência, acessado pela equipe do EM, conta que o casal estava em uma festa quando Diogo Fernandes ficou com ciúmes da esposa após ela ter conversado com um amigo. Em um momento de fúria, ele a chamou de “piranha” e “vagabunda”. Após essa discussão, o casal deixou a festa e se dirigiu para seu apartamento.

No apartamento, as agressões continuaram. Segundo o registro policial, ao se dirigir ao quarto para pegar roupas para que Diogo saísse, ele desferiu um tapa em seu rosto, fazendo-a cair e bater a cabeça em uma mesa. Em seguida, ele a imobilizou pisando em sua cabeça. A vítima conseguiu gritar por socorro, e vizinhos, ao ouvirem os gritos, foram até o local. Com a chegada deles, Diogo Fernandes conseguiu fugir.

Vale lembrar que a violência doméstica é um problema grave no Brasil, com muitas mulheres enfrentando situações semelhantes todos os dias. Em 2023, a conscientização e o apoio às vítimas tornam-se mais essenciais do que nunca.

Após o incidente, a vítima foi para a Santa Casa de Misericórdia, onde recebeu atendimento médico e, posteriormente, fez o registro da ocorrência na delegacia.

A Defesa

Por meio de uma nota, a defesa de Diogo Fernandes negou as acusações, afirmando que ele não cometeu qualquer ato de agressão. Eles alegaram que a acusação é falsa e que Diogo estava recebendo tratamento para ferimentos supostamente causados pela vítima durante a discussão, podendo comprovar isso com documentos hospitalares.

A situação levanta importantes questões sobre a cultura da violência e a necessidade de mais suporte para as vítimas, além de uma reflexão sobre os papéis de autoridade e responsabilidade por comportamentos agressivos.

Ainda não foi anunciado quem assumirá a presidência da JF Prev após a saída de Diogo Fernandes. A comunidade aguarda por uma solução que reflita a seriedade do caso.