PBH Sabia Desde 2019 que Lagoa do Nado Precisava de Mais Segurança e Ignorou Sinais de Alerta!
2024-11-15
Autor: Ana
Desde 2019, relatórios de empresas contratadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) indicavam que a barragem da Lagoa do Nado apresentava fragilidades graves que exigiam reforço na segurança e adequações às normas vigentes. Contudo, as mudanças necessárias nunca foram implementadas, levando ao rompimento da barragem na última quarta-feira (13/11), durante um forte período de chuvas.
A denúncia sobre o conhecimento prévio da PBH a respeito da situação foi feita pelo vereador de oposição Braulio Lara (NOVO), que reuniu quatro documentos da própria prefeitura que afirmavam a necessidade de intervenção na barragem. A resposta da PBH ainda é aguardada, mas a indignação tomou conta da população sobre o que muitos consideram uma negligência escandalosa.
"O rompimento da barragem do Parque Lagoa do Nado é uma tragédia anunciada em Belo Horizonte. A prefeitura já sabia dos riscos desde 2019!", afirmou o vereador Lara, que chegou a mencionar que isso poderia ser um caso de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O vereador também levantou a questão do uso de mais de R$ 1 milhão para resolver um problema conhecido desde 2019, considerando essa situação completamente inaceitável. Ao apresentar o edital de licitação SMOBI 085/2022-RDC, que visava a contratação de serviços para adequações no barramento, ele enfatizou a omissão nas ações necessárias para garantir a segurança dos cidadãos.
Enquanto a equipe técnica da PBH avalia os danos e as possibilidades de novos problemas, documentos como o 'Diagnóstico Preliminar das Condições de Estabilidade da Barragem' elaborado pela ENGESOLO em agosto de 2019 e um novo parecer da empresa STRATA em agosto de 2021 já indicavam a necessidade de intervenções urgentes.
O Plano de Segurança da Barragem, elaborado em dezembro de 2021, também não recebeu a atenção devida, mesmo apontando intervenções necessárias para adequar a estrutura às normas vigentes. O documento inclui recomendações como a otimização da barragem e estudos de viabilidade para o sistema extravasor.
A pergunta que fica é: quantas tragédias como essa ainda teremos que enfrentar antes que as autoridades tomem medidas eficazes para proteger a população? É hora de a PBH dar respostas claras e assumir as responsabilidades de forma transparente. Não podemos permitir que a segurança da nossa comunidade fique em segundo plano. A população exige mudanças, e as autoridades devem agir agora mais do que nunca!