Jessé Souza Revela a "Síndrome do Coringa" em Novo Livro Após Ação do Homem-Bomba na Esplanada
2024-11-14
Autor: Julia
CYNARA MENEZES
Prepare-se! O sociólogo Jessé Souza fez uma previsão alarmante em seu novo livro, intitulado *O Pobre de Direita: A Vingança dos Bastardos*. Ele analisou a recente explosão provocada por um homem-bomba fantasiado de Coringa diante do Supremo Tribunal Federal e associou o ato à chamada "síndrome do Coringa", uma reflexão sobre os impactos do bolsonarismo e da extrema direita no Brasil e na sociedade global.
No início da obra, Jessé menciona como o filme *Coringa* (2019), dirigido por Todd Phillips e estrelado por Joaquin Phoenix, toca em questões cruciais ao retratar um cidadão empobrecido que, consciente de sua frustração, vai às últimas consequências para fazer justiça com suas próprias mãos. Ele afirma que essa figura do Coringa não é apenas um personagem fictício, mas um reflexo da realidade social contemporânea.
Segundo Jessé, a "fuga na fantasia" atormenta aqueles que se sentem negligenciados pela sociedade e pelo Estado. O Coringa de Joaquin Phoenix imagina relacionamentos e glórias, enquanto o "Coringa" da Esplanada projeta a fantasia de "libertar" o Brasil de inimigos fictícios, principalmente o STF. Essa narrativa de luta contra inimigos imaginários remete a sentimentos exacerbados de indignação e perda de controle sobre suas vidas.
A situação se torna ainda mais preocupante quando analisamos a condição social do homem que protagonizou o ataque. O deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC) revelou que ele parecia "alterado" após a separação da esposa, o que sugere que questões pessoais podem ter influenciado sua radicalização. Jessé escreve sobre a solidão e o isolamento que afligem indivíduos como ele, destacando como a falta de conexões, seja por meio de sindicatos ou partidos, pode levar a atos de violência descontrolada.
O que é mais alarmante é a possibilidade de que tais "Coringas" se multipliquem rapidamente no futuro. Jessé faz uma conexão assustadora com os golpistas do 8 de janeiro: os seguidores do Coringa se identificam com sua luta contra os poderosos, levando a uma espiral de anarquia e rebelião sem direção. O sociólogo alerta sobre a legião crescente de marginalizados e o ressentimento que pode resultar em ações radicais e perigosas.
Say mais: a ascensão da extrema direita, que se aproveita desses sentimentos de injustiça e desespero, sabe exatamente como manipular as emoções das pessoas em situações de vulnerabilidade. Isso cria um ciclo vicioso que alimenta a falsa rebelião e a violência sem propósito.
O que isso significa para o futuro da sociedade? Estamos diante de um fenômeno que pode se alastrar, revelando uma realidade aterradora e potencialmente destrutiva. A mensagem de Jessé Souza é clara: a desesperança pode gerar novos Coringas. E você, está preparado para enfrentar essa situação?