O que Esperar do Governo Trump: Impactos no Dólar, Juros e Bitcoin em Meio a um Novo Mandato
2025-01-21
Autor: Julia
Donald Trump foi empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos em um evento realizado no Capitólio em Washington, DC. Durante seu discurso inaugural, Trump ressaltou sua agenda de restauração da economia americana, prometendo medidas para enfrentar a inflação e aumentar tarifas sobre importações.
"Vamos garantir que os cidadãos americanos prosperem, impondo tarifas que beneficiarão nossa economia, em vez de enriquecer outros países", declarou ele, sem especificar os detalhes das novas taxas.
Entre suas primeiras ações, Trump anunciou a declaração de emergência nacional na fronteira sul, prometendo deter todas as entradas ilegais e repatriar estrangeiros considerados criminosos. Essas políticas estão gerando uma onda de incerteza nos mercados financeiros globais.
Economistas e especialistas temem que o aumento de tarifas e a política anti-imigração possam elevar a inflação nos EUA. O Federal Reserve, o banco central americano, já sinalizou dificuldades em controlar a inflação, deixando os juros em patamares elevados, o que impacta diretamente o dólar. Com isso, a moeda americana deve continuar se valorizando, afetando economias emergentes, incluindo o Brasil.
No Brasil, o mercado já respondia à incerteza antes mesmo da posse de Trump. O dólar, que foi cotado a R$ 5,74 no dia da eleição, subiu para R$ 6,00, um patamar histórico, especialmente impulsionado por reações negativas do mercado às políticas fiscais brasileiras. Economistas esperam que essa tendência se mantenha, com o Boletim Focus prevendo a moeda americana na casa de R$ 6 até 2025.
A alta do dólar e juros nos EUA obrigam o Banco Central a considerar uma possível elevação da taxa de juros brasileira, o que pode desacelerar a economia e encarecer o crédito no Brasil. E se a inflação nos Estados Unidos se agravar, o Brasil poderá enfrentar uma pressão ainda maior sobre sua economia, com previsões de Selic em 15% até 2025.
Além disso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, viu sua marca cair de 130 mil pontos para cerca de 122 mil pontos, refletindo a desconfiança do mercado em relação à estabilidade econômica do país sob Trump.
Por outro lado, há uma luz no final do túnel para os criptoativos. Trump mostrou-se um defensor das criptomoedas e prometeu um ambiente regulatório mais amigável. Isso gerou uma onda de otimismo no mercado, levando o Bitcoin a superar a marca de US$ 100 mil pela primeira vez na história. A tendência de crescimento dos criptoativos está intimamente ligada às políticas de Trump e à percepção do investimento em ativos alternativos frente à instabilidade financeira tradicional.
Com Trump em sua posição, o cenário econômico global se transforma, refletindo e mirando no futuro de moedas, juros e ativos digitais. O que se vê é uma batalha contínua entre o fortalecimento do dólar e a ascensão das criptomoedas, enquanto o Brasil observa ansiosamente os desdobramentos.