Mistério na Morte de Empresário Após Anestesia Geral para Tatuagem: Corpo Será Exumado
2025-01-22
Autor: João
A Policia Civil de Santa Catarina anunciou a exumação do corpo de Ricardo Godoi, um empresário e influenciador de 46 anos, que faleceu na segunda-feira (20) após receber anestesia geral para realizar uma tatuagem em um hospital particular de Itapema. A investigação foi iniciada após a polícia identificar algumas incoerências nas circunstâncias da morte, apesar da família não ter feito um boletim de ocorrência.
— A família não registrou qualquer ocorrência conosco. Fomos informados através das redes sociais sobre a situação que parecia complexa, com várias informações contraditórias. Por isso, decidimos instaurar um inquérito policial — explicou o delegado Aden Claus ao g1.
Ricardo foi enterrado na Capela do Vaticano em Itajaí, e a polícia não conseguiu realizar o exame cadavérico antes do sepultamento. O exame, que é crucial para determinar a causa da morte, foi pedido pelo delegado, que ressaltou a importância da perícia.
— Foi vital que o corpo passasse pelo exame pericial antes do sepultamento para determinar realmente a razão da morte do Ricardo — acrescentou Claus.
De acordo com a certidão de óbito, a morte de Ricardo foi resultante de uma parada cardíaca, supostamente devido ao uso de anabolizantes. A família alegou que ele não utilizava as substâncias há cinco meses e, portanto, havia realizado exames que atestaram a sua saúde para o procedimento.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) ainda não havia recebido oficialmente relatos do caso até a última terça-feira (21). Entretanto, em um parecer emitido em junho de 2024, o CRM esclareceu que não há restrições para o uso de anestesia em procedimentos estéticos, como tatuagens, desde que acompanhados de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Segundo o documento do CRM: "É necessário a obtenção de um TCLE, assinado pelo paciente ou responsável legal, que contenha os principais riscos da anestesia, assim como a identificação do médico responsável pela sua administração. O TCLE deve informar que o paciente não poderá interagir com a equipe médica durante a sedação/anestesia".
Em uma declaração oficial, o estúdio de tatuagem responsável pelo procedimento lamentou profundamente a tragédia e reafirmou que o empresário sofreu uma parada cardiorrespiratória logo no início da sedação e intubação.
A nota destaca: "O Studio de Tatuagem lamenta a morte de Ricardo, que além de cliente, era um grande amigo do proprietário. Para o procedimento de fechamento de costas com anestesia geral, toda a equipe, equipamentos e medicamentos estavam preparados para garantir a segurança. Todos os exames laboratoriais pré-operatórios não apresentaram riscos e o TCLE foi assinado pelo Ricardo antes do início do procedimento. Infelizmente, a parada cardiorrespiratória ocorreu antes mesmo de iniciarmos a tatuagem, e não conseguimos reanimá-lo".
Este trágico acidente levanta sérias questões sobre a segurança em procedimentos estéticos, especialmente aqueles que envolvem anestesia geral. A população agora aguarda ansiosamente os resultados da exumação para entender melhor a causa da morte de Ricardo e as responsabilidades legais que podem surgir a partir deste caso. Uma coisa é certa: a história ainda está longe de ter um fim.