Um médico de um hospital privado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi preso por suspeita de assédio sexual após uma consulta médica. O caso, que chocou a comunidade local, envolve uma paciente de 22 anos que estava acompanhada de sua filha autista de apenas 3 anos durante a consulta de retorno.

De acordo com relatos da vítima, o médico teria feito perguntas pessoais e solicitado que a criança fosse deixada com a avó na sala de espera para que ele pudesse atendê-la individualmente. A partir desse momento, ele alegou que poderia ajudá-la com dores de cabeça e problemas na coluna, mas, segundo advogados, foi aí que ele teria iniciado atos considerados de importunação sexual.

Jorge Moura, advogado da vítima, mencionou um vídeo em que o médico comentou que 'assédio é algo relativo', o que deixou a família da jovem ainda mais alarmada e preocupada com a situação.

"Estamos buscando justiça e pedimos a prisão preventiva do médico, uma vez que ele possui influências e contatos que podem causar represálias contra a vítima e sua família", destacou Moura.

Os advogados de defesa do médico, Olavo Hamilton e Daniel Ferreira, afirmaram que tudo não passou de um 'mal entendido'. Segundo eles, os procedimentos realizados durante a consulta — um exame de fundo de olho devido à enxaqueca e um exame lombar por causa de uma hérnia de disco — foram mal interpretados pela paciente.

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) afirmou que está ciente do caso, mas, como órgão fiscalizador, não pode fazer declarações que poderiam ser vistas como um pré-julgamento. A comunidade local está em polvorosa, e muitos questionam se realmente existem mecanismos suficientes para proteger vítimas de assédio dentro de estabelecimentos de saúde.

Essa situação ressalta a importância de sempre garantir um ambiente seguro e respeitoso em consultórios médicos. Fica o alerta: ações de assédio não podem ser toleradas, e a voz da vítima deve sempre ser respeitada e ouvida!