Lula Sugere que Não Disputará Reeleição, mas Ministros Acreditam em Sua Candidatura
2025-01-22
Autor: Lucas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu na reunião ministerial realizada na segunda-feira, dia 20 de janeiro de 2025, ao declarar que pode não concorrer à reeleição em 2026. Contudo, fontes presentes no encontro interpretaram suas palavras como uma estratégia retórica, considerando que ele deverá, de fato, se candidatar no próximo ano.
Durante o discurso, Lula enfatizou a importância de garantir a continuidade da democracia no Brasil e evitar a ascensão de ideais considerados extremistas, como o neonazismo e o neofascismo. Ele ressaltou que é vital manter essa mensagem em alta para que o país não retroceda em sua evolução democrática.
Além disso, o presidente alertou sua equipe sobre o aquecimento da corrida eleitoral, afirmando que a oposição já havia iniciado sua campanha para 2026. Isso representa um sinal de alerta para sua equipe, que deve intensificar a comunicação contra os adversários.
Apesar das declarações de Lula, em conversas internas, o clima foi de que não seria necessário ele ser o escolhido para a disputa presidencial de 2026. No entanto, essa ideia não parece ter convencido muitos, e a opinião predominante entre os ministros indica que haverá pressão para que ele permaneça na corrida.
A saúde do presidente, que completará 80 anos em outubro de 2025, é uma questão central nas deliberações sobre sua reeleição ou sobre a nomeação de um sucessor. Recentemente, após passar por uma cirurgia de emergência em dezembro devido a uma hemorragia intracraniana, o PT voltou a tocar no tema da falta de um candidato forte para as próximas eleições.
No cenário especulativo, o nome do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), surge como o possível sucessor, caso Lula opte por não concorrer novamente. Haddad é amplamente visto como o candidato natural do partido, especialmente considerando que ele já havia sido a escolha de Lula em 2018.
Apesar de suas duas derrotas em disputas anteriores – a presidência para Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e o governo de São Paulo para Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2022 –, Haddad ainda é considerado uma figura forte dentro da esquerda. Porém, seu histórico e as decisões impopulares que tomou em sua gestão na Fazenda têm gerado preocupações quanto a sua aceitação popular.
Na mesma reunião ministerial, o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, orientou os colegas a destacar as diferenças entre as ações do atual governo e as do governo de Bolsonaro. Eles buscam demonstrar ao povo que as iniciativas do governo Lula são superiores em número e impacto.
Lula já começou a implementar essa estratégia em suas aparições, desafiando o público a indicar obras de infraestrutura realizadas durante o governo anterior e mostrando que suas ações superam as do antecessor em qualquer comparação.
Na abertura da reunião ministerial, Lula não hesitou em afirmar que sua motivação para o próximo ano é garantir que a democracia prevaleça e evitar que o país retorne a um período difícil, como foi a gestão de Bolsonaro.
"Meu compromisso é com a democracia e com aqueles que mais precisam. Não podemos deixar que o país volte ao horror do passado. Esta é a minha causa, e é o que me moverá em 2025", declarou o presidente.