
Lula em Alerta: A Influência de Elon Musk e a Starlink na Amazônia
2025-04-08
Autor: Lucas
Na última terça-feira (8), durante uma entrevista à revista The New Yorker, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à presença dominante da Starlink, empresa de Elon Musk, na Amazônia. Lula enfatizou que o governo federal não pode permitir que uma figura que "odeia" a democracia brasileira controle informações de uma região tão vital para o país.
"Não deixaremos alguém que demoniza nossa administração, que se opõe à democracia e ao nosso sistema de justiça, assumir o controle das informações de um país e de uma região como a Amazônia. Ninguém, por mais poderosa que seja a empresa, colocará nossa democracia em risco", declarou Lula.
Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelam que a Starlink já detém mais da metade dos acessos à internet via satélite no Brasil. Recentemente, a Anatel decidiu adiar a análise do pedido de expansão dos serviços da empresa no país. Em dezembro de 2023, a Starlink solicitou autorização para lançar mais 7.500 satélites no Brasil.
Os conselheiros da Anatel concederam um prazo extra de 120 dias para o relator do processo, Alexandre Freire, finalizar a análise e apresentar seu parecer. Se aprovado, o número de satélites da Starlink autorizados a operar no Brasil poderia aumentar de 4.408 para impressionantes 11.908 unidades.
A liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) propõe uma revisão dos contratos estabelecidos entre a Starlink e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Musk. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) ressaltou que a conexão de Musk com controvérsias globais compromete a confiança nos contratos que suas empresas firmam com diversos países.
Além disso, especialistas alertam que a expansão das operações da Starlink na Amazônia pode ter impactos profundos não apenas em questões de soberania, mas também na proteção do meio ambiente e das comunidades locais. O futuro da Amazônia e o controle das informações sobre essa região devem ser prioridade para os governantes brasileiros, se desafiados por interesses de corporações estrangeiras.