
Dólar dispara e alcança R$ 5,96 com novos desdobramentos da guerra comercial
2025-04-08
Autor: Ana
O dólar à vista registrou alta nesta terça-feira (8), após uma abertura negativa, enquanto os investidores acompanham de perto as negociações sobre as tarifas recentemente anunciadas pelos Estados Unidos.
Após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que aguarda uma resposta da China antes da implementação de tarifas superiores a 100%, há indícios de que negociações de última hora podem estar à vista entre as duas potências econômicas.
Às 12h14, o dólar à vista operava em alta de 0,96%, com a cotação a R$ 5,967 na compra e R$ 5,968 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento subia 0,55%, alcançando 5.967 pontos. Na sessão anterior, o dólar fechou em alta de 1,24%, atingindo R$ 5,9107, o maior fechamento desde 28 de fevereiro.
Nesta terça-feira, o Banco Central planejou leiloar até 20.000 contratos de swap cambial tradicional com o objetivo de rolar o vencimento que ocorre em 2 de maio de 2025.
O cenário da política comercial dos EUA segue sendo o foco dos mercados, especialmente após a recente imposição de uma tarifa de 10% sobre as importações do Brasil, que entrou em vigor no último sábado, somada a taxas mais elevadas para outros parceiros comerciais que devem ser aplicadas na quarta-feira.
Investidores estão demonstrando grande aversão ao risco, preocupados que esses novos desdobramentos comerciais possam desencadear uma guerra comercial mais ampla, resultando em inflação acelerada a nível global e recessão em diversas economias.
Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, declarou que não se espera a criação de isenções imediatas às tarifas anunciadas, reiterando que "não haverá isenções ou exceções no curto prazo", segundo ele em audiência com o Comitê de Finanças do Senado americano.
Com essas tensões comerciais em ascensão, o mercado permanece cauteloso e atento a qualquer alteração nas negociações, já que os efeitos da guerra comercial podem impactar não apenas os países envolvidos, mas toda a economia global.