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Lula alerta sobre Trump: ‘Fascismo e nazismo voltando com nova cara’

2024-11-08

Autor: Pedro

Após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, comentou que o apoio de Lula à candidata Kamala Harris foi "discreto" e que o presidente eleito não foi criticado diretamente pelo petista. No entanto, gestos e palavras de Lula provocaram reações no círculo próximo a Trump.

Antes da eleição, Lula fez uma declaração alarmante, sugerindo que a volta de Trump à presidência poderia representar "o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara". Em uma entrevista a uma emissora francesa, o presidente brasileiro refletiu sobre os acontecimentos de seu mandato, lembrando do ataque ao Capitólio: "É impensável que isso tenha ocorrido em um país que se mostrava ao mundo como um modelo de democracia. Estamos vendo diariamente uma onda de ódio e mentiras, não apenas nos EUA".

Lula reafirmou seu compromisso com a democracia, dizendo: "Como sou amante da democracia, considero-a a coisa mais sagrada que conseguimos construir para governar bem nosso país; sou a favor da vitória de Kamala nas eleições". As declarações de Lula chegaram aos ouvidos de assessores de Trump durante um encontro na Flórida, onde foram exibidas por políticos brasileiros opositores ao petista.

Celso Amorim, em suas declarações pós-eleitorais, afirmou que o governo Lula buscará manter uma relação estável e normal com o novo presidente republicano. Ele falou sobre a habilidade de manter relações diplomáticas mesmo quando há desacordos substanciais, citando a relação com o governo Bush durante a condenação da guerra do Iraque como um exemplo.

O Senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Congresso Nacional, também se posicionou. Ele afirmou que a vitória de Trump não alterará as relações políticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando que os dois países têm mais de 200 anos de relações amistosas. "Não há razão para mudanças nas relações políticas ou comerciais, continuaremos a seguir em frente. As preferências são claras, mas são os resultados das eleições que se devem respeitar", concluiu o senador.

A expectativa agora é como as próximas interações entre os governos Lula e Trump ocorrerão e se as preocupações levantadas por Lula encontrarão eco nas políticas do novo presidente dos EUA. O mundo observa atentamente, com a esperança de que a democracia prevaleça em todas as suas formas.