Descubra como viver perto de áreas verdes pode ser a chave para evitar a obesidade!
2024-11-15
Autor: Ana
Recentemente, dois estudos evidenciaram que residir em locais com abundância de áreas verdes está diretamente relacionado a um menor risco de obesidade. Esses estudos aprofundaram a relação entre a presença de vegetação na vizinhança e práticas de atividade física, além de fatores de risco cardiometabólico, que englobam condições que aumentam a probabilidade de desenvolvimento de doenças como diabetes e doenças cardiovasculares.
A obesidade, tanto geral quanto abdominal, aliada a baixos níveis de HDL-colesterol, são consideradas ameaças ao risco de desenvolvimento dessas doenças. Em contrapartida, a prática regular de atividades físicas é um fator que diminui esse risco. Isso reforça a ideia de que a presença de áreas verdes urbanas oferece um efeito protetor na saúde cardiometabólica dos adultos.
Cenário urbano e suas implicações para a saúde
À medida que o mundo se urbaniza, com a previsão de que até 2050 cerca de 68% da população global viva em cidades, essa transição traz à tona uma série de desafios e oportunidades para a saúde pública. Para a América Latina e o Caribe, os números são ainda mais impactantes, com 81% da população vivendo em áreas urbanas em 2018, projetando-se que esse número chegue a 90% em 2050.
Ambientes urbanos, embora possam oferecer riscos como violência e poluição, também proporcionam benefícios através de recursos de saúde públicos, como clínicas e mercados de alimentos frescos. A pesquisa mostra que as áreas verdes — parques, praças e jardins — são essenciais para melhorar indicadores de saúde, uma vez que elas oferecem não apenas beleza estética mas também um espaço para exercício e socialização.
Como as áreas verdes promovem saúde?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a vegetação urbana tem múltiplos efeitos positivos. Entre eles destacam-se a redução da poluição do ar e do ruído, além da regulação da temperatura local, fatores que contribuem para um ambiente mais saudável. As áreas verdes favorecem ainda a prática de atividades físicas ao ar livre, promovendo interação social e um sentido de pertencimento à comunidade. Isso é fundamental para o bem-estar psicológico, diminuindo níveis de estresse e ansiedade.
Insights de estudos significativos
Um exemplo do impacto positivo da vegetação é evidenciado pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que analisou servidores públicos de seis capitais brasileiras. Os dados mostram que aqueles que viviam perto de áreas verdes apresentavam menor risco de obesidade e eram mais ativos fisicamente. Outro estudo correlacionou a presença de áreas verdes com a continuidade na prática de atividade física em longo prazo, apontando que a condição socioeconômica da vizinhança desempenha um papel crucial — locais com áreas verdes tendem a ter maiores níveis de atividade física, especialmente em contextos socioeconômicos melhores.
Portanto, as evidências sugerem que promover a criação e manutenção de áreas verdes urbanas não é apenas uma questão estética, mas uma estratégia essencial para a saúde pública, principalmente em áreas urbanas vulneráveis, onde a desigualdade no acesso a espaços saudáveis é mais pronunciada. A transformação do espaço urbano, visando à inclusão de mais áreas verdes, pode ser um passo vital na luta contra a obesidade e na promoção de saúde integral. E você, já pensou na relação entre o lugar onde vive e sua saúde? É hora de repensar nossos hábitos!