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Líder Supremo do Irã Declara Que Morte de Chefe do Hezbollah 'Não Ficarà Sem Vingança'

2024-09-28

Em uma reunião realizada na capital iraniana Teerã no último sábado (28), o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, fez uma declaração poderosa sobre a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, ocorrida após um ataque israelense. Khamenei garantiu que a morte de Nasrallah “não ficará sem vingança”, conforme informes da agência de notícias Reuters.

O Irã, que é um forte apoiador e financiador do Hezbollah, decretou luto oficial de cinco dias em homenagem ao líder falecido. Nasrallah, que liderava o grupo desde 1992, foi alvo de um ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, aumentando ainda mais as tensões já palpáveis na região do Oriente Médio.

Khamenei, em seus comentários, enfatizou que o Líbano fará Israel “se arrepender” pelas violações realizadas nas últimas semanas. Ele convocou todos os muçulmanos a apoiarem o Hezbollah e o povo libanês, indicando que “é obrigação de todos” combater o que ele chamou de “regime usurpador e opressor de Israel”. Essa retórica fervorosa se junta ao aumento de hostilidades que já resultaram em mais de 700 mortos e o maior êxodo de libaneses desde a guerra de 2006.

Além disso, os conflitos no Oriente Médio se intensificaram desde o ataque do Hamas a Israel em outubro do ano passado. A retaliação israelense na Faixa de Gaza resultou em mais de 40 mil palestinos mortos, a maioria civis. O Hezbollah, em apoio ao Hamas, também lançou ataques contra Israel na mesma época, embora as hostilidades tenham aumentado significativamente na última semana.

No mesmo dia, sirenes foram acionadas em Tel Aviv devido a um mísseis disparados do Iémen por forças houtis, também apoiadas pelo Irã. Relatórios indicam que o mísseis foram interceptados sem deixar feridos. A situação no Oriente Médio continua a gerar preocupações globais quanto a uma possível escalada significativa do conflito.

Khamenei alertou que as forças de resistência, com o Hezbollah à frente, determinarão o futuro da região, destacando que nenhum ataque israelense pode abalar a estrutura do grupo no Líbano. Ele também criticou Israel por não ter aprendido com os eventos trágicos da guerra em Gaza. Os próximos dias serão cruciais para a evolução desse cenário tenso, e o mundo aguarda ansiosamente por ações e possíveis reações de ambos os lados.