Você sabia que o Palmeiras está inovando no futebol ao integrar neurociência em seus treinos? Enquanto muitos clubes focam apenas na recuperação física, o Verdão está à frente do seu tempo. No Núcleo de Saúde e Performance, a equipe técnica do Palmeiras, liderada pelo treinador Abel Ferreira, implementou um método revolucionário que pode ser descrito como uma "massagem para o cérebro".

Os atletas utilizam um capacete dotado de eletrodos que emitem correntes elétricas de baixa intensidade. Essas correntes são projetadas para estimular neurônios, especialmente no córtex pré-frontal, contribuindo para a melhora do desempenho cognitivo e físico. O objetivo principal? Acelerar a recuperação dos jogadores e potencializar suas habilidades em campo após os jogos.

Os resultados desse trabalho inovador já são visíveis. Estudos realizados em colaboração com universidades de renome, como a USP e a Universidade Federal do ABC, mostraram que os exames de sangue dos jogadores que participaram do protocolo revelaram uma redução significativa na fadiga e desgaste físico. Para Daniel Gonçalves, coordenador científico do Palmeiras, "tem que fazer sentido para o atleta, que é melhorar seu desempenho em campo".

A iniciativa de integrar a neurociência nos treinos foi impulsionada por Abel Ferreira, que compreendeu a importância de cuidar não apenas do aspecto físico, mas também do mental. Desde 2022, uma equipe composta por Daniel, a psicóloga Gisele Silva e a neurocientista Luciane Moscaleski tem liderado os estudos com o capacete.

Mas o Palmeiras não para por aí. Um dos próximos passos é refinar ainda mais a reação dos atletas durante os jogos. O clube planeja realizar mapeamentos cerebrais de cada jogador para entender como cada um reage a estímulos durante a partida, uma pesquisa que pode transformar a forma como o futebol é jogado.

Atualmente, os jogadores estão sendo testados com exercícios que envolvem a escolha de decisões durante uma jogada gravada. Nesse processo, eles devem escolher entre duas opções de decisão: uma mais vantajosa e outra menos vantajosa. O intuito é que os jogadores cheguem a um nível de resposta rápida e eficiente, condição essencial para um jogo dinâmico, característica do estilo de Abel Ferreira.

Flaco López, artilheiro do Palmeiras, não hesita em afirmar que o uso do capacete tem feito uma grande diferença em sua rotina. Ele relatou que a tecnologia ajuda a melhorar a recuperação e a sensação de relaxamento após os treinos, preparando-o melhor para os desafios dentro de campo.

À medida que o futebol evolui, iniciativas como essa podem se transformar em um novo padrão dentro dos clubes, combinando saúde mental e desempenho físico. O Palmeiras está, sem dúvida, traçando um novo caminho que pode trazer resultados ainda mais impressionantes em campo.