Em meio a uma disputa acirrada pela presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris discursou em Washington, DC, prometendo ser a presidente que unirá todos os americanos. Em um local carregado de simbolismo, chamado Ellipse, onde Donald Trump inflamou seus apoiadores antes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, Harris chamou seu adversário de "traidor mesquinho" e "projeto de ditador".

Neste momento crucial da campanha, ela declarou: "Esta eleição é mais do que apenas uma escolha entre dois partidos e dois candidatos diferentes. É uma escolha entre um país enraizado na liberdade para todos ou governado pelo caos e pela divisão".

Harris enfatizou a importância de enfrentar os desafios que os Estados Unidos estão enfrentando. "Donald Trump tem tentado dividir o povo americano por anos. Mas eu estou aqui para dizer que não somos assim. A América é sobre união, comunidade e respeito mútuo", disse ela a uma multidão entusiasmada.

A candidata democrata também abordou questões cruciais, como os direitos reprodutivos das mulheres, um tema que Trump ignora, e a recente decisão da Suprema Corte que revogou o direito ao aborto. Além disso, em relação à imigração, Harris prometeu agir rapidamente contra aqueles que chegarem aos EUA de maneira ilegal, numa clara resposta às narrativas republicanas que falam sobre a “invasão” de imigrantes.

O cenário das pesquisas é tenso, com Trump e Harris empatados em várias delas, refletindo um clima de incerteza a uma semana das eleições. Ambos os candidatos agora concentram esforços em sete estados-chave: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, onde o eleitorado indeciso pode definir o resultado da eleição.

As figuras públicas, como Bruce Springsteen e Barack e Michelle Obama, têm se unido a Kamala Harris em eventos, enquanto Trump conta com o apoio de nomes como Elon Musk, que usa suas plataformas para amplificar a mensagem republicana.

"Estão todos desesperados para conquistar os votos dos indecisos, e a pressão é intensa", afirmou um analista político. A batalha pela presidência está se intensificando, e qualquer um dos candidatos pode sair vitorioso, deixando os Estados Unidos em uma encruzilhada histórica: ou uma mulher ocupa a Casa Branca pela primeira vez, ou Trump retorna ao cargo, potencialmente tornando-se o primeiro ex-presidente condenado a re-assumir o poder.

À medida que o dia da eleição se aproxima, as tensões aumentam e o clima de incerteza pode gerar desafios, principalmente se Trump contestar os resultados como em 2020. O futuro político da nação está em jogo e o mundo aguarda ansiosamente para ver quem levará a coroa presidencial.