Após cinco pregões em queda, o Ibovespa finalmente voltou a sorrir! O índice subiu 1,22%, fechando em 132.155,76 pontos, um ganho de 1.587,39 pontos, a maior alta em um dia desde 4 de setembro. O dólar comercial acompanhou esse otimismo, caindo 1,30%, cotado a R$ 5,46, com os DIs (juros futuros) também apresentando recuos generalizados.

A recuperação do mercado foi impulsionada por dois fatores principais: os estímulos econômicos anunciados pelo governo chinês e a "dureza" da ata da última reunião do Copom, divulgada hoje. Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, elogiou a coerência da comunicação do Copom, destacando que a ata está mais alinhada ao comunicado oficial do que em reuniões anteriores, onde divergências causaram expectativas confusas.

O Copom, em sua última reunião, decidiu por unanimidade iniciar um ciclo de ajuste de forma gradual e, segundo os analistas, se os dados econômicos justificarem, podem ocorrer aumentos mais expressivos nas taxas de juros.

Do lado do gigante asiático, o Banco Central da China anunciou um pacote robusto de estímulos para reaquecer sua economia, incluindo uma redução no compulsório que os bancos precisam manter e cortes nas taxas de hipoteca. Essa notícia foi um bálsamo para o mercado global.

No Brasil, a Vale (VALE3) foi um dos destaques, com suas ações disparando 4,88%, graças a essa onda positiva do mercado de minérios. Além dela, empresas do setor siderúrgico como CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) também brilharam, com altas de 9,39% e 7,68%, respectivamente. As notícias da China não só animaram os investidores locais, mas também contribuíram para o aumento dos preços do petróleo, impulsionando a Petrobras (PETR4), que subiu 0,41%.

No campo financeiro, o Bradesco (BBDC4) terminou o dia com leve queda de 0,14%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) também apresentou um ligeiro declínio de 0,07%. O cenário do varejo foi mais otimista, com Lojas Renner (LREN3) subindo 5,36% e Assaí (ASAI3) destacando-se com uma alta de 3,69%.

O que esperar para o futuro? A semana promete ser cheia de volatilidade, com a divulgação do IPCA-15 de setembro prevista para amanhã, seguida por números de inflação ao produtor e taxa de desemprego no Brasil, além de dados cruciais dos EUA sobre o PIB e a inflação de gastos pessoais. Os investidores devem se preparar, pois os próximos dias trarão volatilidade e muitas oportunidades no mercado.