Em um cenário devastador, o Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, anunciou que o último hospital ainda parcialmente funcional no norte da região foi bombardeado pelas forças israelenses nesta segunda-feira, 4 de dezembro.

O diretor do Hospital Kamal Adwan, Dr. Hosam Abu Safieh, descreveu a situação como "catastrófica", revelando que o Exército de Israel não realizou nenhum contato prévio com a instituição antes de lanchar o ataque. "As forças de ocupação continuam bombardando o Hospital Kamal Adwan, e vários membros da nossa equipe foram feridos. Não podemos evacuar os feridos, pois ainda estamos dentro do hospital", declarou.

A situação é alarmante, pois a equipe médica, incapaz de se mover entre os diversos departamentos, está enfrentando riscos imensos. A mensagem é clara: "Parece que houve uma decisão deliberada de eliminar toda a equipe que se recusou a abandonar o hospital".

Enquanto isso, o Exército israelense confirmou o ataque, mas declarou que está "verificando" as informações em seu poder. No mesmo dia em Beit Lahiya, onde o hospital está localizado, um ataque aéreo resultou na morte de sete pessoas em duas residências, conforme informado por médicos à Reuters.

A crise humanitária em Gaza se agrava, com mais cinco mortes registradas em outras áreas da Faixa de Gaza, além de um número indeterminado de feridos devido aos constantes bombardeios. Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, revelou que mais de 1.300 vidas foram perdidas desde o início da operação militar israelense, destacando que o norte do território enfrentava um bloqueio severo em relação a medicamentos, água e alimentos.

"As equipes médicas e de defesa civil estão fora de operação pelo 13º dia seguido, o que é alarmante para a saúde e o bem-estar da população", alertou Basal, ressaltando a urgência da situação. A comunidade internacional observa atentamente, e os apelos por um cessar-fogo e ajuda humanitária se intensificam.

A tragédia que se desenrola em Gaza não é apenas uma estatística; é uma realidade palpável que afeta milhares de vidas todos os dias. Agora, mais do que nunca, a necessidade de ação urgente e solidariedade global se torna imperativa.