Dow Jones Futuro Cai com Clima Tenso Antecipando Eleição Presidencial nos EUA
2024-11-04
Autor: Julia
Os índices futuros de Nova York fazem uma trajetória instável nesta segunda-feira (4), enquanto os investidores se preparam para a decisão mais aguardada do ano: a eleição presidencial americana, que ocorre na terça-feira e pode ter um impacto decisivo nas ações até o final de 2023.
Além do pleito eleitoral, Wall Street está na expectativa da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), marcada para quinta-feira, quando se espera que o banco central anuncie uma redução nas taxas de juros de 25 pontos-base. Este movimento vem após dados que indicam uma desaceleração no crescimento das contratações, que foi a mais lenta desde 2020, embora o índice de desemprego continue em níveis baixos.
Economia em Foco
O dólar americano recuou, já que os investidores estão reconsiderando suas apostas em uma possível vitória do ex-presidente Donald Trump, diante de novas pesquisas que mostram Kamala Harris ganhando força. Uma pesquisa do Des Moines Register revelou que Harris lidera em Iowa com 47% contra 44% de Trump — um estado que o ex-presidente sempre venceu anteriormente.
Essas mudanças refletem uma tendência na chamada "aposta Trump", que geralmente favorece um dólar forte e rendimentos mais altos dos Treasuries. Entretanto, as sondagens também revelam um cenário competitivo, com eleitores divididos tanto nacionalmente quanto em estados chave.
Recentemente, o índice do dólar e os rendimentos dos Treasuries de 10 anos alcançaram seus níveis mais altos desde julho, à medida que muitos apostam em um segundo mandato de Trump. Há preocupações, no entanto, de que a sua política fiscal agressiva e a proposta de tarifas mais elevadas possam aumentar o déficit federal e pressionar a inflação, impactando o mercado de Treasuries.
Desempenho dos Mercados Futuros:
- Dow Jones Futuro: -0,06% - S&P 500 Futuro: +0,15% - Nasdaq Futuro: +0,13%
Ásia-Pacífico
Os mercados da região Ásia-Pacífico fecharam em alta, com investidores aguardando novas medidas de estímulo fiscal para revitalizar uma economia chinesa em desaceleração. O Congresso Nacional do Povo da China se reunirá de 4 a 8 de novembro, e espera-se que muitos anúncios possam ser feitos nessa ocasião.
Vale lembrar que, à luz das festividades, os mercados japoneses estarão fechados na segunda-feira devido ao Dia da Cultura, resultando em menor liquidez no iene.
Alguns destaques de mercado: - Shanghai SE (China): +1,17% - Nikkei (Japão): fechado - Hang Seng Index (Hong Kong): +0,30% - Kospi (Coreia do Sul): +1,83% - ASX 200 (Austrália): +0,56%
Europa
Na Europa, os mercados estão em um limbo, com cautela predominando antes das eleições nos EUA e das decisões de taxas de juros pelo Fed e pelo Banco da Inglaterra. Além disso, o mercado espera resultados corporativos que podem influenciar sua direção.
Os investidores também aguardam os números finais do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial europeu em outubro, que devem confirmar a fragilidade dessa área na região.
Alguns índices europeus: - FTSE 100 (Reino Unido): +0,47% - DAX (Alemanha): -0,03% - CAC 40 (França): +0,09% - FTSE MIB (Itália): -0,01% - STOXX 600: +0,08%
Commodities
Os preços do petróleo estão subindo após a OPEP+ decidir adiar por um mês um aumento de produção que era esperado para dezembro. Em contrapartida, as cotações do minério de ferro na China estão em baixa, enquanto todos os olhos estão voltados para as eleições nos EUA e uma importante reunião da liderança chinesa.
O mercado está atento ao que será anunciado durante o encontro do Comitê Permanente do Congresso Nacional Popular da China, que também acontecerá de 4 a 8 de novembro, em busca de possíveis medidas de estímulo.
Desempenho dos principais commodities: - Petróleo WTI: +2,12%, a US$ 70,96 o barril - Petróleo Brent: +1,98%, a US$ 74,54 o barril - Minério de ferro negociado em Dalian: +0,91%, a 779,00 iuanes (US$ 109,74)
Bitcoin
A criptomoeda Bitcoin (BTC) apresentou uma leve queda de 0,44%, cotada a US$ 68.466,00, em comparação com a cotação de 24 horas atrás.
O clima nos mercados continua tenso, com investidores de olho nas eleições e nas consequências que elas trarão para a economia global.