Falso ‘doutor’ de clínicas de emagrecimento em SC é libertado antes do Natal; descubra os detalhes!
2024-12-25
Autor: Pedro
Felipe Francisco, que se apresentava como coach e mentor de um esquema que adulterava e comercializava medicamentos em clínicas de emagrecimento em Santa Catarina, foi solto na véspera do Natal, após passar pouco mais de três meses atrás das grades. Ele foi preso em outubro deste ano durante investigações ligadas à Operação Venefica, que desmantelou uma rede de esquemas fraudulentos na área de saúde.
A defesa de Felipe informou que ele recebeu autorização para cumprir prisão domiciliar devido a problemas de saúde alegados, segundo a advogada Francine Kuhnen.
Além dos delitos em SC, Felipe também foi acusado de exercer ilegalmente a profissão de nutricionista em Ponta Grossa, Paraná, entre 2016 e 2017. As acusações contra ele incluem a falsificação e adulteração de medicamentos, prática ilegal das profissões de saúde e descumprimento do Código de Defesa do Consumidor.
Inicialmente condenado a 8 anos de prisão, a sua pena foi reduzida, considerando o tempo que já passou sob custódia provisória. Antes da prisão, ele estava sob prisão domiciliar enquanto aguardava o julgamento de outros crimes em Santa Catarina, também relacionados a práticas fraudulentas no setor de emagrecimento.
Durante as investigações, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) descobriu que Felipe era o proprietário da clínica de emagrecimento F. Coaching e estava envolvido em uma organização criminosa com outros profissionais da área. Essa rede elaborava protocolos médicos fraudulentos para emagrecimento e aumento de massa muscular, utilizando substâncias que necessitam de receita e que são proibidas para venda aliciativa.
O caso se desdobrou ainda mais com a condenação do médico Julian Rodrigues Martins e da farmacêutica Marjorie Basilio, ambos envolvidos na Operação Venefica, que recebeu uma punição cumulativa de mais de 53 anos de prisão. Eles foram processados por receitar e comercializar medicamentos manipulados sem a devida justificativa técnica, além de inflacionar o preço dos produtos.
As investigações do MPSC, que resultaram na apreensão de mais de 150 dispositivos eletrônicos, revelaram como a organização funcionava em conjunto, mesmo com os envolvidos atuando em cidades diferentes. Julian, que se apresentava como médico em Joinville, mantinha uma relação próxima com Marjorie, facilitando a venda de tratamentos de forma irregular e desvio de medicamentos.
Desdobramentos recentes indicam que, apesar de serem condenados, Julian e Marjorie conseguiram um habeas corpus e estão recorrendo em liberdade. A pena de Julian totaliza 38 anos e 1 mês, enquanto Marjorie deve cumprir 15 anos e 6 meses, com períodos adicionais em regime semiaberto por suas ações fraudulentas contra a saúde pública.
Este caso levanta questões alarmantes sobre a segurança e regulamentação das clínicas de emagrecimento e prática médica no Brasil, além de acender um debate necessário sobre a ética na área da saúde e as vulnerabilidades que usuários e pacientes podem enfrentar. Fique atento para mais desdobramentos dessa história escandalosa!