O mundo da paleontologia está de luto. Sérgio Furtado Cabreira, renomado paleontólogo e professor, faleceu aos 67 anos após um infarto na madrugada desta segunda-feira (4) em Faxinal do Soturno, deixando uma marca indelével na ciência e na descoberta de fósseis no estado. Após sentir dores nas costas na noite anterior, ele foi ao Hospital São Roque, mas não conseguiu resistir ao infarto que sofreu ao retornar ao hospital às 5h da manhã.

Sérgio nasceu no Rio de Janeiro, mas cresceu no Rio Grande do Sul devido à transferência de seu pai, um militar. Ele era o primogênito de seis irmãos e foi uma figura central na paleontologia da Quarta Colônia. Foi líder do projeto Ulbra Paleontologia na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) até sua extinção em 2019, quando se estabeleceu em Faxinal do Soturno.

Seu irmão, Ciro Cabreira, expressou sua profunda tristeza, ressaltando a importância do trabalho de Sérgio para a região: "Ele deixou um legado vasto e eterno, principalmente para a Quarta Colônia. Sérgio era uma pessoa única, dedicando sua vida à paleontologia e às suas pesquisas. Sua ausência será imensurável, e sua contribuição fica guardada para as futuras gerações. É, sem dúvida, uma grande perda para a ciência e para o mundo da paleontologia."

Formado em Odontologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Sérgio ainda completou mestrado e doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Como professor e pesquisador, ele investigou a história da vida na Terra através de fósseis, publicando artigos que ganharam notoriedade. Ele era também o fundador da DinOrigin, uma empresa focada em pesquisa paleontológica.

Sérgio deixou dois filhos, Dionatan e Alana, que agora seguem seu legado. A comunidade científica e local prestou várias homenagens em suas redes sociais, incluindo uma nota do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), que o reconheceu como o primeiro paleontólogo da região.

Suas descobertas se destacaram em várias publicações, incluindo um novo tipo de dinossauro que ele desenterrou em 2006 na Linha Várzea, em Agudo, um momento que reafirmou seu talento e sua dedicação.

O velório de Sérgio está acontecendo em Faxinal do Soturno e o sepultamento está agendado para às 10h de terça-feira (5). Seu impacto será lembrado e celebrado, e certamente seu trabalho inspirará gerações futuras de paleontólogos.