Pedro Vasconcelos, ex-diretor da Globo, fez revelações surpreendentes sobre sua decisão de deixar a emissora em 2021. Ele afirmou que a preocupação com sua saúde foi o fator primordial que o levou a pedir demissão, uma decisão que muitos poderiam achar impensável em uma carreira tão renomada.

Aos 50 anos, Vasconcelos confessou que o desgaste do trabalho excessivo afetou sua vida pessoal. "Eu era apaixonado por fazer novelas, mas perdi pessoas queridas, mestres admirados, por conta da negligência com a saúde", declarou durante uma entrevista ao programa 'Domingo Espetacular', da Record TV.

Na entrevista, ele lamentou profundamente a perda de momentos com seus filhos e sua família: "A saúde vai se deteriorando por um motivo que não sabemos. O tempo não espera por ninguém, e isso me fez refletir sobre minhas prioridades".

Recentemente, Vasconcelos se tornou o centro das atenções após revelar que enfrentou problemas com drogas devido a um papel que interpretou na minissérie 'O Portador' em 1991. Ele buscou entrar na mente do personagem, que também lutava contra o vício, e acabou experimentando substâncias para compreender as sensações que seu personagem vivia.

"As drogas me colocaram em um ciclo autodestrutivo. Quando você está nesse lugar, seu amor-próprio desmorona. A proximidade com os personagens te faz acreditar que pode entender suas experiências", explicou.

Ele recordou as dificuldades que enfrentou durante gravações: "Me entreguei demasiado ao personagem, fui além dos limites que deveria ter respeitado. Houve dias em que passei em casa chorando, rezando, lutando contra essa batalha interna. Nos finais de semana, aquelas recaídas foram desoladoras, mas sempre procurei me reerguer".

Com uma nova perspectiva, Vasconcelos comentou sobre como a superação do vício foi libertadora: "Encontrar a força para abandonar as drogas e decidir não voltar a elas foi um divisor de águas. Isso abriu novos caminhos na minha vida e me deu a coragem de recomeçar".

Pedro Vasconcelos prova que a luta contra os desafios pessoais é tão difícil quanto lidar com os altos e baixos da vida artística. Suas declarações continuam ressoando em muitos que lutam com questões semelhantes, mostrando que, mesmo nas maiores emoções da carreira, a saúde mental e a família devem sempre vir em primeiro lugar.