Os Estados Unidos acabam de surpreender o mercado ao suspender as tarifas sobre as importações de celulose. A decisão, anunciada em uma Ordem Executiva na última sexta-feira, entrou em vigor no dia 8 de setembro, deixando as importações isentas de cobranças adicionais.

Inicialmente, a celulose já estava isenta da sobretaxa adicional de 40% imposta por Trump em julho, mas com esse novo decreto, a tarifa de 10% que vigorava desde abril também foi removida, criando um cenário mais favorável para os exportadores brasileiros.

Analistas do Bradesco BBI veem essa suspensão como um grande impulso para a Suzano (SUZB3), já que 17% da receita da empresa com celulose vem dos Estados Unidos. A retirada dessas tarifas não só elimina incertezas quanto ao volume de exportação, mas também fortalece a competitividade da Suzano no mercado norte-americano.

Para a Ativa Investimentos, essa mudança é um enorme ponto positivo para os produtores brasileiros, especialmente para a Suzano, que é uma gigante global na produção de fibra curta. A medida reduz significativamente o custo de entrada da celulose brasileira no mundo, especialmente em um mercado consumista como o dos EUA.

O mercado norte-americano é crucial, tanto pelo tamanho do público-alvo (tissue e impressão e escrita), quanto pela necessidade de diversificação geográfica. Com a eliminação das tarifas, a Suzano se coloca em pé de igualdade com fornecedores locais e canadenses, potencializando sua participação no mercado.

Além disso, a Ativa destaca que essa suspensão amplifica o diferencial competitivo da Suzano em comparação com outros exportadores de fibra curta, especialmente na Ásia, onde o custo logístico para os EUA é mais baixo para o Brasil. Essa vantagem, aliada à sua economia de escala e custos baixos no primeiro quartil global, abre portas para o crescimento da participação de mercado.

Por fim, essa manobra reafirma a Suzano como a fornecedora preferencial de fibra curta em escala mundial, solidificando sua geração de caixa e a resiliência de sua estratégia de investimentos.