O presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma proposta polêmica a centenas de trabalhadores sul-coreanos detidos durante uma operação de imigração: a possibilidade de permanecerem nos Estados Unidos para treinar cidadãos. Entretanto, surpreendentemente, apenas um desses trabalhadores aceitou a oferta.

A medida provocou a suspensão, por um dia, do voo que levaria os 300 trabalhadores de volta à Coreia do Sul. Este episódio é mais um capítulo na tensa relação entre os dois países, já que a operação de deportação causou descontentamento nas esferas diplomáticas.

Diferentemente de outras deportações realizadas nos EUA, essa não resultou em algemas nos detidos, como exigido pelo governo sul-coreano. Os trabalhadores estavam empregados em fábricas de veículos elétricos nos EUA, e sua detenção ocorreu na semana passada.

O uso de veículos blindados durante a operação gerou ainda mais desconforto entre as autoridades sul-coreanas, reforçando a preocupação de que este incidente poderia prejudicar as negociações comerciais que estão em andamento.

Em meio a esse clima de incerteza, o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, expressou a inquietação dos investidores, questionando o futuro dos negócios sul-coreanos nos EUA. "Nossos investimentos provavelmente enfrentam sérios desafios agora", declarou ele em entrevista.

E a expectativa sobre o acordo comercial entre os países? O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, foi direto: "Os coreanos precisam decidir se querem aceitar o acordo ou enfrentar tarifas". Assim, a questão do futuro das relações comerciais continua no ar, enquanto essa novela ganha novos desdobramentos.