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EUA: O 2º Maior Exportador para o Brasil; Brasil É Apenas o 18º para os EUA – Desvendando os Números!

2025-01-23

Autor: Matheus

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos está em ascensão! Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA registraram um crescimento impressionante de 9,2%, enquanto as importações subiram 6,9%. Os EUA se posicionam como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China, de onde o Brasil importou fascinantes US$ 94,4 bilhões neste mesmo ano.

Curiosamente, o Brasil ocupa apenas a 18ª posição entre os principais exportadores para os Estados Unidos, mostrando a complexidade dessa relação. Os dados do governo americano apontam que o Brasil foi o nono maior importador de produtos dos EUA até novembro de 2024. Surpreendentemente, países como Singapura, Malásia, Vietnã e Tailândia superam o Brasil nesse quesito.

Os produtos que dominam as exportações brasileiras para os EUA são especialmente interessantes: petróleo bruto é estrela, representando 14% das exportações em 2024. Seguem-se os produtos semiacabados de ferro e aço (8,8%), aeronaves (6,7%) e café não torrado (4,7%). Do lado das importações, os brasileiros trouxeram motores e máquinas (15%), óleos combustíveis de petróleo (9,7%), e aeronaves e suas partes (4,9%).

Mas não é só no comércio que a presença americana é sentida no Brasil. Os Estados Unidos são o principal investidor estrangeiro no país, com quase 30% dos investimentos diretos, totalizando mais de US$ 228 bilhões. Em 2023, o número de novos investimentos anunciados por empresas americanas aumentou assustadores 50% em comparação ao ano anterior, com tecnologia e economia verde como principais focos.

O Brasil também envia um número significativo de turistas aos Estados Unidos; em 2024, cerca de 1,5 milhão de brasileiros cruzaram a fronteira norte-americana, colocando o Brasil como o quinto maior país emissor de turistas para os EUA, atrás de Reino Unido, Índia, Alemanha e Japão. É importante notar que, embora os EUA sejam o segundo país que mais envia turistas ao Brasil, apenas 572 mil americanos visitaram o país, um número que é um terço do que os brasileiros gastaram em solo americano.

A economia americana, robusta como sempre, continua a ser a maior do mundo, com um PIB de impressionantes US$ 28 trilhões, enquanto o Brasil não chega a US$ 2 trilhões. Essa diferença de tamanho explica muito da dinâmica comercial e da influência americana sobre a economia brasileira, mostrando uma assimetria significativa nas relações comerciais.

Além disso, as tarifas de importação do Brasil são consideravelmente mais altas do que as dos EUA. Isso levanta preocupações sobre possíveis medidas protecionistas vindas do norte, especialmente com a sugestão de que os Estados Unidos podem buscar substitutos para os produtos brasileiros. Para grandes economias como a americana, é sempre possível encontrar alternativas, o que nos alerta sobre a vulnerabilidade dessa relação.

Embora o Brasil tenha um papel crucial na cadeia de produção americana — com muitas empresas dos EUA dependendo do Brasil para a fabricação de componentes — a conexão é complexa. A história de colaboração e integração das cadeias produtivas é uma arma poderosa, mas os riscos de discursos como os de Trump sobre taxação podem certamente impactar essas relações históricas e negocial.

Os anos de investimentos em energia limpa e tecnologia no Brasil atraem a atenção dos investidores americanos, especialmente no setor de hidrogênio verde e infraestrutura. A batida da concorrência China está sempre presente nesse jogo de interesses, e perder espaço para eles seria uma preocupação real para os EUA. O futuro das relações comerciais Brasil-EUA continua a ser promissor, mas a vigilância e adaptação a essas dinâmicas são essenciais!