Escândalo em Itaitinga: Policial Penal com Salário de R$ 14 mil Preso por Liberar Celulares!
2024-11-02
Autor: Ana
Um escândalo chocante está envolto no sistema penitenciário do Ceará após a prisão do policial penal José Ramony Emanoel. Ele foi detido sob a suspeita de facilitar a entrada de celulares para detentos em um presídio localizado em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza. De acordo com o portal Ceará Transparente, o salário bruto de Ramony chega a impressionantes R$ 14.422,94, resultando em um líquido de R$ 11.016,13, valores que fazem dele um dos funcionários públicos com remuneração elevada na região. Ramony foi admitido na Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) em agosto de 2021 e possui um histórico como ex-diretor de pelo menos três unidades prisionais.
A investigação que culminou na sua prisão foi conduzida pela Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que suspeita que ele tenha liderado um esquema bem organizado para permitir o uso de aparelhos celulares em diversas unidades prisionais. Durante a operação policial, não apenas a prisão foi executada, mas também foram apreendidos diversos celulares, uma quantia em dinheiro e um luxuoso carro pertencente ao policial.
Exoneração Surpreendente
Curiosamente, Ramony havia sido exonerado do cargo de diretor da Unidade Prisional Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima (UP-Itaitinga1) apenas dias antes de sua prisão, no dia 17 de outubro. A exoneração foi oficialmente publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 30 de outubro, levantando questionamentos sobre o timing das suas ações.
Além de sua função em UP-Itaitinga1, o policial também havia liderado a Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2). Curiosamente, em 2023, ele ocupava uma posição de destaque como chefe de equipe na Unidade Prisional de Segurança Máxima do Estado do Ceará (UP-Máxima), em Aquiraz, local destinado a abrigar presos de alta periculosidade.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) emitiu uma nota afirmando que "apoia, de forma integral e transparente, o trabalho da Controladoria". A pasta também reafirmou seu compromisso no combate ao crime organizado, destacando que a investigação está longe de acabar e novos desdobramentos podem surgir.
Esse caso levanta um alerta sobre a segurança nas unidades prisionais e os possíveis conchavos que ocorrem nos bastidores do sistema, questionando até que ponto a corrupção pode estar enraizada nas instituições responsáveis pela segurança pública.