'Efeito Trump': Dólar dispara com força interna e externa, Bitcoin alcança recorde histórico; descubra a reação dos mercados
2024-11-06
Autor: Carolina
Tarifas, deportações e 'instinto sobre juros': O que esperar da economia dos EUA sob Trump?
Míriam Leitão: Trump suaviza o discurso, prega união, exalta o petróleo e Elon Musk. Os sinais do discurso de vitória ganham destaque.
Na Argentina: Após recusar o 'pacto com comunistas', Milei se aproxima da China.
O dólar americano se valoriza fortemente em relação às principais moedas globais, atingindo a maior cotação desde 2020 quando comparado a uma cesta de moedas. O euro, em particular, sofreu uma queda superior a 2% em relação ao dólar, sinalizando preocupações com o impacto das novas tarifas comerciais.
As promessas de Trump de elevar tarifas comerciais em todos os setores, incluindo aqueles de países aliados, suscitam temores de que a inflação nos EUA possa aumentar, uma vez que produtos importados se tornariam mais caros, pressionando os preços em geral.
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A vitória de Trump recebeu apoio entusiástico de figuras proeminentes como Elon Musk, cujas ações da Tesla dispararam após o anúncio dos resultados.
O Bitcoin, por sua vez, também experimenta uma ascensão meteórica, negociado pela primeira vez acima de US$ 75 mil. Com Trump prometendo uma desregulamentação total do mercado de criptoativos, o otimismo entre investidores cresce.
Na Bolsa de Valores, as operações de pré-mercado indicam uma valorização de 2,2% no índice S&P, um dos principais parâmetros nos EUA. A expectativa de cortes de impostos sobre lucros corporativos impulsiona o otimismo do mercado.
Na Ásia e Europa, as reações à vitória de Trump foram significativas. O índice CSI300 da China caiu 0,5%, e a Bolsa de Valores de Hong Kong, que é mais suscetível a reações de investidores estrangeiros, teve uma queda de 2,3%. Enquanto isso, na Europa, as principais Bolsas operaram em alta, impulsionadas pela redução da incerteza. A Bolsa de Londres subiu 1,38%, Frankfurt 1,13%, e Paris 1,73% logo pela manhã.
"Com a clareza que a vitória de Trump trouxe, sabemos agora o que estamos lidando", diz Neil Birrell, diretor de investimentos da Premier Miton Investors. "Se o resultado tivesse sido apertado, qualquer contestação poderia dificultar o cenário econômico ainda mais."
Entretanto, as ações de empresas europeias que dependem fortemente das exportações para os EUA, como montadoras e grupos de luxo, enfrentaram perdas consideráveis. Ações da Vestas e EDP, por exemplo, chegaram a cair até 9%, refletindo o medo de que Trump possa interromper projetos de energia renovável já aprovados.
Os papéis da montadora alemã BMW despencaram até 6,8%, além do impacto negativo da divulgação de resultados trimestrais fracos. As ações da Mercedes-Benz e da Volkswagen também recuaram significativamente, com quedas de 4,9% e 4,4%, respectivamente.
"A implementação de tarifas pode ser feita por ordem executiva; isso representa um risco genuíno para os fabricantes de automóveis alemães e para as marcas de luxo francesas", observa Nicolas Forest, diretor de investimentos da Candriam.
Clemens Fuest, presidente do Ifo, um renomado instituto de pesquisa econômica na Alemanha, alertou que Trump já deu sinais claros de que seguirá uma agenda de maior restrição às importações, o que pode prejudicar o comércio global como um todo.
"As notícias são preocupantes especialmente para a Europa", conclui Michael Strobaek, diretor global de investimentos da Lombard Odier. "A volta de Trump é algo que temíamos, e agora os ativos europeus podem enfrentar desafios significativos."
"Prepare-se! Com o cenário econômico mudando rapidamente, o que está por vir pode surpreender até os investidores mais experientes!"