Cuidadora de idosos é estrangulada após negar beijo a colega em Goiânia
2024-11-07
Autor: Julia
O crime brutal que abalou Goiânia (GO) na última segunda-feira (4/11) envolveu a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, que foi estrangulada pelo colega Marcelo Junior Bastos Santos, após recusar um beijo dele. A situação chocante foi revelada durante investigações da Polícia Civil.
De acordo com o delegado Carlos Alfama, o crime foi cometido utilizando uma fita crepe, normalmente utilizada para prender as fraldas dos pacientes sob os cuidados da vítima. Santos foi interrogado e acabou confessando o feminicídio, que ocorreu durante uma troca de afeições não correspondidas.
A delegada Laura Soares contou que o caso ganhou atenção após o marido de Cintia registrar um boletim de ocorrência por seu desaparecimento. Ele informou que a esposa não havia retornado do trabalho e não atendia o celular, gerando preocupação e suspeitas sobre seu paradeiro.
Uma investigação mais detalhada revelou que Marcelo, que trabalhava junto com Cintia, afirmou a familiares de idosos que ela não havia aparecido para trabalhar. No entanto, ao revisar as câmeras de segurança do local, os policiais notaram que Cintia entrou na casa, o que levantou sérias suspeitas sobre a conduta do cuidador.
Um detalhe que aumentou as suspeitas foi quando Marcelo foi visto pedindo uma pá a um vizinho, o que levou a polícia a desconfiar de suas intenções. Ao investigar a residência onde Cintia trabalhava, as autoridades notaram a terra do quintal remexida e a cerca elétrica repuxada, o que indicava uma possível tentativa de ocultar o crime.
Após entrar no imóvel ao lado, desocupado, os policiais encontraram o corpo de Cintia. As imagens das câmeras de segurança mostraram que Marcelo agiu sozinho, mas a polícia ainda suspeita que ele possa ter recebido ajuda de alguém.
Mais grave ainda, as autoridades acreditam que ele pode ter tentado estuprar Cintia antes de estrangulá-la. O delegado Alfama destacou que aguardam um laudo que deve ser concluído em até dez dias.
Em um relato perturbador, Marcelo foi preso em flagrante no mesmo dia do crime (6/11) e, durante os interrogatórios, afirmou que acreditava que Cintia havia morrido, mas ao vê-la retomar a consciência, perseguiu-a e a estrangulou novamente.
Cintia havia se casado apenas oito dias antes do crime e era muito querida pelos idosos que cuidava há cerca de seis anos. Ela deixa o marido e quatro filhos, que agora enfrentam a angústia de uma perda trágica e inexplicável. A comunidade local está em choque com a brutalidade do crime e espera por justiça.