Foi publicado nesta sexta-feira (8) no Diário Oficial da União um decreto que autoriza o uso das Forças Armadas em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante a semana da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Conforme o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a operação ocorrerá de 14 a 21 de novembro de 2024, com o intuito de garantir a segurança do evento que reunirá líderes das principais economias do mundo.

O objetivo da GLO, como delineado no texto, é "garantir a segurança da Cúpula de Líderes do G20". Essa operação será conduzida em colaboração com as autoridades de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro e órgãos federais.

Atividades das Forças Armadas

As Forças Armadas executarão atividades conforme o Plano Estratégico Integrado de Segurança, especialmente em locais estratégicos da cidade, como:

1. Perímetro externo de segurança, que inclui as áreas em torno do Museu de Arte Moderna, da Marina da Glória, do Monumento a Estácio de Sá e dos hotéis que abrigarão as delegações dos Chefes de Estado;

2. Vias de transporte das comitivas entre os hotéis e o Museu de Arte Moderna, abrangendo as zonas Sul e Oeste da cidade;

3. Rotas entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e os locais de hospedagem das delegações, incluindo a Linha Amarela e a Linha Vermelha;

4. Perímetro do Aeroporto Internacional Tom Jobim, que incluirá os terminais de embarque e desembarque, além de importantes vias de acesso;

5. Águas jurisdicionais que são de interesse para a realização da Cúpula, em cooperação com a Polícia Federal.

Recentemente, o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, já havia sinalizado que a GLO estaria inclusa no planejamento de segurança para o evento. A execução final desse plano dependerá da decisão do Presidente da República, que está em constante consulta com os ministérios da Defesa e da Justiça.

Nos preparativos, as Forças Armadas já estruturaram uma base de operações não oficial na capital, incluindo monitoramento em estradas, portos e aeroportos. O aeroporto Santos Dumont, por exemplo, deverá estar fechado para voos comerciais durante a cúpula, facilitando o fluxo de trânsito na área, que está a aproximadamente 6 km do Aterro do Flamengo, o local da cúpula.

Além disso, tanto o governador Cláudio Castro quanto o secretário Victor dos Santos manifestaram apoio à medida de GLO, reforçando que, apesar das Forças Armadas assumirem um papel importante, a responsabilidade principal pela segurança das delegações internacionais continuará a ser das forças de segurança do estado do Rio.