A Conferência COP 29 e a nova meta climática do Brasil

Na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29), que acontece em Baku, no Azerbaijão, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou a nova meta climática do Brasil: uma redução de até 67% nas emissões de gases de efeito estufa (GEEs) até 2035, em comparação com os níveis de 2005. "Precisamos de medidas concretas e no ritmo necessário. Terei a honra de apresentar nessa COP 29 a NDC do Brasil. Nossa meta reflete nossa mais alta ambição", assegurou Alckmin.

O governo brasileiro anunciou essa nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) na última sexta-feira (8), para ser formalizada na conferência. A meta envolve uma emissão de entre 850 milhões e 1,5 bilhão de toneladas de GEEs até 2035, representando uma redução que varia de 59% a 67% em relação aos níveis de 2005.

Críticas de Ambientalistas

Entretanto, a recepção à nova meta não foi unânime. Ambientalistas expressaram preocupações sobre a eficácia das novas diretrizes. O Observatório do Clima criticou os números, afirmando que estão desalinhados com a necessidade global de estabilizar o aquecimento global em até 1,5°C. A diretora-executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, comentou: "Esperávamos uma meta ousada que estivesse mais alinhada com o que a ciência diz ser necessário, o que seria uma redução de 60% nas emissões globais a partir de 2019."

A Visão do Governo Brasileiro

Em sua apresentação, Alckmin enfatizou que a NDC "é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões" e que ela "reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global". Ele ressaltou o papel do Brasil como uma potência ambiental, destacando a importância da Amazônia e ressaltando que o sucesso das negociações na COP 29 será fundamental para a próxima edição do evento, que ocorrerá em 2025 no Brasil, em Belém.

Compromissos e Perspectivas

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, confirmou que a NDC brasileira será apresentada formalmente nesta quarta-feira (13) e reforçou o compromisso do governo de zerar o desmatamento na Amazônia. Além de discutir a meta de emissões, Marina também comentou sobre a possibilidade do retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, enfatizando os riscos que isso pode representar para as políticas climáticas globais.

O que está em jogo nesta conferência pode moldar o futuro do planeta. Será que o Brasil conseguirá cumprir suas promessas? As próximas semanas serão cruciais para definir o rumo das políticas ambientais brasileiras e seu impacto no cenário global. Fique atento!