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Conflito no Sul do Líbano: Israel Deixa 22 Mortos Enquanto Moradores Tentam Voltar para Casa

2025-01-26

Autor: Mariana

Neste domingo, 26 de novembro, autoridades libanesas relataram que forças israelenses mataram 22 pessoas no sul do Líbano, em meio a um cenário de caos e agonia, enquanto milhares de libaneses tentavam retornar às suas casas. A região, marcada por um longo histórico de tensões, estava sob um acordo de cessar-fogo que deveria garantir a retirada das tropas israelenses após 60 dias, mas os desdobramentos recentes lançaram uma sombra sobre a paz.

Um acordo mediado pelos Estados Unidos em novembro do ano passado estipulava que Israel retiraria suas tropas, mas as condições não foram totalmente atendidas. Israel argumenta que o Líbano ainda precisa desarmar o Hezbollah e fortalecer seu exército na região, o que justifica a manutenção de suas forças no local além do prazo estabelecido.

Durante a manhã, a televisão al-Manar, ligada ao Hezbollah, transmitiu cenas dramáticas de moradores segurando bandeiras do grupo e caminhando em direção às aldeias, em meio a um clima de apreensão e esperança. A realidade das famílias libanesas é de perda e incerteza, já que muitos enfrentam a devastação de suas comunidades.

Israel, por sua vez, não demorou a responder. Em um comunicado, um porta-voz militar alertou que tropas da IDF (Forças de Defesa de Israel) continuariam a atuar na região, lembrando que "tiros de advertência" seriam disparados para neutralizar potenciais ameaças. A informação de que 120 pessoas ficaram feridas como resultado de ataques israelenses adiciona um trágico contexto ao já difícil cenário humanitário.

Além dessas fatalidades, o conflito entre o Hezbollah e Israel coincide com as tensões em Gaza, onde a violência e os deslocamentos forçados continuam a impactar a vida de milhões. Até hoje, a agressão israelense na região já desalojou mais de um milhão de libaneses, exacerbando uma crise humanitária sem precedentes.

O parlamentar do Hezbollah, Hassan Fadlallah, declarou que o Líbano permanece comprometido com o cessar-fogo, mas culpou Israel pela escalada da violência, que, segundo ele, conta com o respaldo dos Estados Unidos. Essa dinâmica complexa e volátil coloca mais pressão sobre o governo libanês, que deve lidar não apenas com o conflito, mas também com as crescentes necessidades humanitárias de sua população.

Em meio a tudo isso, a Casa Branca fez um apelo por uma "extensão curta e temporária do cessar-fogo", refletindo a urgência da situação. À medida que o clima de incerteza persiste, as famílias libanesas estão fugindo do conflito, optando por buscar refúgio na Síria, uma nova camada à complexidade das tensões nesta já tumultuada região do Oriente Médio.

Enquanto isso, analistas temem que a situação possa se deteriorar ainda mais, levando a uma escalada de violência não apenas no Líbano, mas também em toda a região, desafiando a estabilidade desejada por tantas nações e gerando consequências duradouras para a população civil.