Negócios

CEO da GigU Revela Tentativa da Uber de Sabotar Negócio: Entenda essa Guerra!

2025-01-18

Autor: Pedro

A GigU e sua trajetória

Sete anos atrás, o advogado Luiz Gustavo Neves, de 44 anos, e três amigos fundaram a GigU, uma plataforma dedicada aos trabalhadores de aplicativos, conhecidos como "gigs". A GigU tem se expandido rapidamente, operando atualmente no Brasil, EUA, Portugal e México, permitindo que motoristas e entregadores escolham a plataforma que oferece o melhor pagamento para suas corridas.

Conflito com a Uber

A proposta inovadora logo chamou a atenção da Uber, que processou a empresa por suposto abuso de práticas comerciais.

De acordo com informações da Uber, a empresa argumenta que o uso de robôs ou sistemas de automação pelos motoristas viola as regras da comunidade, alegando, por exemplo, que um motorista em Aracaju teria rejeitado mais de 1.100 propostas de viagens em um único dia utilizando um robô. Isso, segundo a Uber, prejudica a experiência de espera dos usuários.

Por que a GigU é uma ameaça?

Mas por que a GigU representa uma ameaça tão grande para a Uber?

Para a GigU, o modelo atual da Uber não se adapta às realidades econômicas, com a inflação e os altos custos do dia a dia impactando os motoristas. O aplicativo da GigU realiza cálculos em tempo real, indicando qual corrida é a mais vantajosa entre todas as plataformas, proporcionando informações detalhadas sobre o pagamento por quilômetro antes que o motorista decida aceitar a corridinha.

Posição do CEO da GigU

Em resposta à pergunta se estão em guerra com a Uber, Neves afirma que a GigU não foi criada para ameaçar a gigante das corridas, mas para melhorar as condições de trabalho dos motoristas. "Não esperamos que a Uber mude suas práticas. Queremos apenas atuar no mercado livremente, sem pressões", complementa.

Ação judicial da Uber

A ação judicial da Uber contra a GigU gerou a necessidade da startup buscar a proteção do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), onde a GigU acusou a Uber de abuso de poder econômico.

Luiz Gustavo revela que parte do processo da Uber contém argumentos infundados e até mentirosos, como a alegação de que sua empresa coletava fotos de passageiros, o que violaria a Lei Geral de Proteção de Dados. Ele desafia: "Pergunte a um motorista da Uber se ele já viu a foto de um passageiro antes de aceitá-lo!"

Crescimento e inovações da GigU

Atualmente, a GigU está prestes a lançar uma versão beta do aplicativo para entregadores em parceria com um serviço de delivery popular, enquanto já contava com 250 mil downloads em seu lançamento inicial. Há quatro meses, a GigU já possui 500 mil usuários e recentemente começaram a cobrar uma taxa de assinatura de R$ 12,90 por mês, alcançando o ponto de equilíbrio financeiro em apenas dois meses.

Investimentos e futuro da GigU

Com a expectativa de expansão, a empresa já recebeu investimentos significativos de fundos como Redpoint, eVentures, Raio Capital, ACE Ventures, Nestal e Banco Arbi, levantando um total de US$ 1,2 milhão para suas operações nos EUA, Portugal e México, onde as oportunidades de crescimento são vastas. O mercado norte-americano, por exemplo, tem aproximadamente 4,5 milhões de motoristas, em comparação aos 2,2 milhões do Brasil.

Visão do CEO para o futuro

Neves acredita que, ao se posicionar como um hub de serviços diversificados, a GigU não apenas irá monetizar suas operações, mas também oferecerá uma gama de soluções integradas para os motoristas, incluindo produtos e serviços financeiros, criando um ecossistema sustentável e vantajoso para todos.

Sobre o CEO

Luiz Gustavo Neves é graduado em Direito pela PUC-RJ e tem vasta experiência, com mais de uma década no setor tributário, além de ter sido um dos responsáveis por um projeto de revitalização no Rio de Janeiro que transformou uma área do Jockey Club em um espaço de convivência com restaurantes e galerias de arte.