Zema Declara que Não Será Vice em 2026 e Revela Planos para o Futuro Político
2025-01-19
Autor: Lucas
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que tem se destacado como uma figura chave no cenário político nacional, confirmou em recente entrevista que não tem intenções de se candidatar ao cargo de vice-presidente nas eleições de 2026. Zema afirmou que essa posição é meramente simbólica e que prefere assumir papéis com responsabilidade executiva.
Em suas palavras, Zema expressou: “Se for para ser alguém atuante, quero. Agora, para ter cargo simbólico, eu deixo para outro, não me interessa. Para ser rainha da Inglaterra, tem gente de sobra querendo.” Essa declaração reflete seu foco em desempenhos efetivos e práticos, em vez de ocupações que não oferecem a possibilidade de ação direta.
O governador, que está em seu segundo mandato, é visto como uma das opções viáveis da direita para a presidência nas eleições de 2026, competindo com nomes como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Junior. Recentemente, Zema elogiou seus colegas governadores, ressaltando que Tarcísio, que tem mostrado interesse pela reeleição em São Paulo, é um forte concorrente ao cargo presidencial.
“A situação atual em torno da candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral até 2030, influencia negativamente a criação de um alternative viável”, afirma Zema, que reconhece a importância desse debate para alinhar as forças da direita em Minas e no Brasil.
Zema mantém comunicação regular com outros governadores de direita para discutir estratégias. Ele ressalta que, caso Bolsonaro não possa se candidatar, ele mesmo pode ser uma opção considerada viável: “Estou aberto a ser uma alternativa, se necessário, tendo em mente sempre a transformação que o nosso país precisa.”
Outro ponto interessante levantado por Zema foi sobre a austeridade em sua gestão. Ele criticou a estrutura gorda do governo federal e apresentou Minas Gerais como um exemplo positivo, com apenas 14 secretarias, em comparação à grande quantidade de ministérios no governo federal. “Como governador, optei por morar em minha casa e não em um palácio. Tenho um só funcionário e pago do meu próprio bolso. Isso mostra que estamos praticando o que pregamos em termos de austeridade”, disse ele.
Quando confrontado sobre o impacto de suas propostas diante dos desafios fiscais do país, Zema foi enfático: “A liderança deve começar pelo exemplo. O que se espera do presidente é que ele mostre um caminho claro, e não que gaste recursos a esmo.”
Sobre as investigações envolvendo Jair Bolsonaro em relação à tentativa de golpe, Zema declarou que é favorável a investigações rigorosas, mas preferiu não fazer um julgamento sobre a situação. “Não tive acesso aos documentos, mas se houver indícios, é essencial que haja uma investigação completa”, comentou.
Por fim, Zema se dedicou a responder críticas sobre os vetos de Lula ao projeto de renegociação das dívidas estaduais, defendendo que a austeridade é crucial. Ele destacou a redução na folha de pagamento de Minas Gerais, que caiu de 67% para 49% do orçamento, um feito que segundo ele, é inédito em outros estados.
O governador também abordou a crescente dívida histórica do estado, alertando que seu aumento supera a arrecadação. Desafiou outros a apontarem gastos desnecessários em sua gestão, reforçando sua imagem de austeridade e responsabilidade fiscal. Essa postura firme solidifica Zema não apenas como um governador, mas como uma figura central na política brasileira, potencialmente influente nas próximas eleições.